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Sonhar ajuda na aprendizagem e melhora a memória

Postado por gb sexta-feira, 30 de julho de 2010 0 comentários

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Sonhar com a escola
Sonhar um pouco sobre as matérias que estão estudando para prestar uma prova importante na escola pode ajudar os estudantes a terem um bom desempenho no teste.
Mas se não sonharem nada ou muito sobre o que estão aprendendo nas noites que antecedem o exame, o resultado pode ser exatamente o inverso e provocar o temido "branco" ou "apagão" da memória.
Esta é a conclusão de pesquisadores do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS) por meio de experiências inusitadas.

Jogo Doom
Em 2007, os neurocientistas do Instituto dirigido pelo brasileiro Miguel Nicolelis iniciaram uma pesquisa com 22 apreciadores do popular e controverso videogame Doom, em que o jogador é transformado em um fuzileiro espacial e precisa exterminar criaturas bizarras, como monstros e zumbis.
Durante a experiência, os pesquisadores observaram que os jogadores que não sonharam ou sonharam muito com o jogo nas noites que passaram no laboratório, ligados a um aparelho de eletroencefalograma, foram mal no jogo. Já as que sonharam um pouco sobre ele apresentaram um desempenho melhor.
"Observamos que houve uma relação direta entre os sonhos e a performance dos jogadores", afirma o neurocientista e chefe de laboratório do IINN-ELS, Sidarta Ribeiro. "À medida que sonhavam com o jogo, eles jogavam melhor. Mas se sonhavam muito com ele e ultrapassavam um determinado limite de sonho jogavam mal", diz.

Processo de sono-aprendizagem
De acordo com Ribeiro, o estudo, que está quase pronto para publicação, não demonstra categoricamente que o sonho melhora a aprendizagem. Mas sugere que ambos estão fortemente relacionados e ajuda a elucidar o papel desempenhado especificamente pelo sonho no processo de sono-aprendizagem.
Até hoje o que se sabia é que o sono pode ajudar na aprendizagem e melhorar a memória, e que a maioria das pessoas sonha durante a fase do sono leve, ou REM, que é a melhor para recordação de memórias e é caracterizada pelo rápido movimento dos olhos.
"A ideia que estamos trabalhando é que o sonho é um processamento da memória", revela. "Se nós prestarmos atenção no nosso dia-a-dia, quando temos um nível de estresse baixo e sonhamos moderadamente, retemos mais memória. Mas se ficamos muito estressados e não sonharmos, o resultado é exatamente o oposto", compara.

Sonhos violentos
O especialista explica que escolheram um jogo tão violento como o Doom para realizar a pesquisa porque os próprios sonhos têm um contexto violento e guardam uma relação antropológica com os nossos ancestrais mais longínquos que, ao acordarem, tinham que matar ou morrer.
"Nós não podíamos pegar uma situação da vida de um sujeito comum de hoje para realizar a pesquisa", conta Ribeiro. "Tentamos replicar uma situação de risco de predação vivida pelos nossos ancestrais para expor os participantes da pesquisa a uma situação de estresse".
Em outro experimento que será realizado no IINN-ELS, os participantes serão divididos em dois grupos em outro jogo de videogame, em que primeiro representará a caça e o segundo o caçador. Os pesquisadores esperam que haja uma divergência nos sonhos e no desempenho dos participantes de acordo com o papel exercido por eles no jogo. A suposição é que os "predadores" se estressarão menos e, consequentemente, reterão mais memória e jogarão melhor do que os "caçados".

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Terapia celular
Corrigir lesões do sistema nervoso ainda é um desafio para a medicina.
Compreender o rearranjo dos circuitos neurais provocado por essas lesões pode ser um passo fundamental para otimizar a sobrevivência e a capacidade regenerativa dos neurônios motores e restabelecer os movimentos dos pacientes.
A partir de investigações sobre esses mecanismos de rearranjo dos circuitos nervosos, um grupo de cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está desenvolvendo um modelo inovador que associa terapia celular ao reimplante das raízes nervosas.

Veneno de cobra e células-tronco
Para restabelecer a conexão entre o sistema nervoso periférico e o central, os pesquisadores utilizam células-tronco mononucleares de medula óssea e uma "cola" desenvolvida a partir do veneno de serpentes.
"Após lesão no sistema nervoso - periférico ou central -, ocorre um rearranjo considerável dos circuitos neurais e das sinapses. Entender esse rearranjo é importante para determinar a sobrevivência neural e a capacidade regenerativa posterior", disse Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira, coordenador do projeto.
Para estudar os mecanismos de regeneração, os cientistas utilizam técnicas que unem microscopia eletrônica de transmissão, imuno-histoquímica, hibridação in situ e cultura de células gliais e neurônios medulares.
"Procuramos associar a terapia celular ao reimplante das raízes nervosas. Para isso, temos usado células-tronco mesenquimais e mononucleares no local da lesão ou nas raízes reimplantadas. A ideia não é repor neurônios, mas estimular troficamente essas células e evitar a perda neural, de modo a conseguir otimizar o processo regenerativo", disse.

Cola de veneno de jararaca
O projeto mais recente do grupo envolve o uso de um selante de fibrina - uma proteína envolvida com a coagulação sanguínea -, produzido a partir de uma fração do veneno de jararaca pelo Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu.
"Os axônios dos neurônios motores saem da medula espinhal e entram na raiz nervosa, dirigindo-se aos nervos. O nosso modelo emprega essa 'cola' biorreabsorvível para reimplantar as raízes nervosas na superfície da medula, onde o sistema nervoso periférico se conecta ao sistema nervoso central. Associamos essa adesão às células-tronco, que produzem fatores neurotróficos - isto é, moléculas proteicas capazes de induzir o crescimento e a migração de expansões das células neurais", explicou Oliveira.
Quando as raízes motoras são arrancadas, cerca de 80% dos neurônios motores morrem duas semanas após a lesão. Mas os motoneurônios que sobrevivem têm potencial regenerativo após o reimplante de raízes nervosas.
"Porém, na maioria das vezes, o reimplante das raízes não é suficiente para se obter um retorno da função motora, porque a lesão causa uma perda neuronal grande demais. Por isso, é preciso desenvolver estratégias para diminuir a morte neuronal após a lesão. Achamos que o uso do selante de fibrina pode auxiliar nesse processo", indicou.
Segundo Oliveira, quando há uma lesão periférica - comum em acidentes de trabalho, por exemplo -, com transecção ou esmagamento de nervos, ocorre uma resposta retrógrada, isto é, uma reorganização sináptica visível na medula espinhal, onde se encontram os neurônios.
"O interessante é que, quando a lesão é periférica, o neurônico sinaliza de alguma forma para a glia - o conjunto de células do sistema nervoso central que nutrem os neurônios -, que se torna reativa. Essa reatividade está envolvida no rearranjo sináptico por meio de mecanismos ainda pouco conhecidos. Nosso objetivo é compreender e otimizar esse processo de rearranjo sináptico para, futuramente, criar estratégias capazes de melhorar a qualidade da regeneração neuronal", afirmou.

Esclerose múltipla
No laboratório da Unicamp, os cientistas induzem em ratos e camundongos doenças como a encefalomielite autoimune experimental - que é um modelo para estudar a esclerose múltipla. Após a indução de uma forma aguda da doença, os animais apresentam todos os sinais clínicos, tornando-se tetraplégicos de 15 a 17 dias após a indução.
"Por outro lado, eles se recuperam da tetraplegia muito rapidamente, entre 72 e 96 horas. O rearranjo sináptico induzido pela inflamação é tão grande que paralisa completamente a funcionalidade tanto sensitiva como motora, mas de forma transitória", disse Oliveira.
No entanto, a esclerose múltipla destrói a bainha de mielina, uma substância que isola as terminações dos nervos e garante o funcionamento dos axônios. Segundo Oliveira, porém, essa bainha se recupera em surtos temporários: em alguns momentos há desmielinização; em outros, o sistema imune fica mais ativo e a bainha de mielina se recompõe.
"O paradoxal é que, mesmo que a remielinização não tenha se completado, o animal volta a andar normalmente. Nossa hipótese é que, com a mielinização, ocorre um rearranjo sináptico que mimetiza uma lesão, como uma transecção. Transitoriamente, os neurônios param de funcionar. Quando a inflamação cede, as sinapses retornam muito rapidamente. Em algumas horas a função é retomada e os sinais clínicos vão desaparecendo", disse.

Lesão da medula
Além do modelo da esclerose múltipla, os cientistas trabalham também com um modelo de lesão periférica dos nervos e na superfície da medula espinhal.
"Quanto mais perto da medula ocorre a lesão, mais grave a lesão em termos de morte neuronal. Todas são graves, mas aquela que ocorre perto da medula causa perda neuronal e aí não há perspectiva de recuperação. Mesmo com as vias íntegras, o neurônio que conecta o sistema central com o músculo morre e nunca mais haverá recuperação", explicou o professor da Unicamp.
"Tanto no animal como no homem, ocorre uma perda grande de neurônios, mas a pequena porcentagem que resta - em torno de 5% - consegue se regenerar. No homem, entretanto, há uma demora de mais de dois anos para que se recupere alguma mobilidade. No rato, a mobilidade é recuperada em três ou quatro meses", disse.
"Uma vez que isso foi descoberto, começou-se a tentar reimplantar as raízes, desenvolvendo estratégias cirúrgicas e tratamentos com drogas que evitem a morte neuronal nesse período em que há desconexão. Essa parece ser a saída mais promissora para evitar a perda neuronal e otimizar a regeneração", afirmou.

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Terceira causa de morte, suicídio é negligenciado no Brasil

Postado por gb segunda-feira, 26 de julho de 2010 0 comentários

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Não salvem só as baleias
Se a cada dia cinco baleias aparecessem mortas nas praias, certamente o fato mereceria as capas dos jornais.
Tristemente, de acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde, 9.090 pessoas chegaram ao suicídio no Brasil em 2008, o que corresponde a 25 mortes diárias.
Mas pouca atenção tem sido dada ao assunto.
A comparação com as baleias nasceu em uma campanha de prevenção de suicídio australiana, que em vez de "save the whales", usou o trocadilho "save the males", referindo-se aos cinco homens que, diariamente, matam-se naquele país.

Suicídio
A crítica ao ofuscamento do suicídio são de Neury José Botega, professor titular do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A falta de atenção ao assunto, somada a preconceitos e a ideias errôneas, tem agravado a situação que já se apresenta como um problema de saúde pública, de acordo com o pesquisador.
Atitudes simples como maior atenção durante tratamentos hospitalares podem salvar centenas de vidas, segundo Botega.
"Os números são apenas a ponta do iceberg, pois, para cada suicídio, estima-se que haja pelo menos 20 tentativas. E, para cada caso de tentativa que atendemos no hospital, outras cinco pessoas, na comunidade, estão planejando e 17 estão pensando seriamente em pôr fim à vida", diz o pesquisador.
Esses dados estão no artigo Prevalências de ideação, plano e tentativa de suicídio: um inquérito de base populacional em Campinas (SP) publicado na revista Cadernos de Saúde Pública (CSP) da Fundação Oswaldo Cruz.

Pensar em suicídio
Ao visitar 600 residências distribuídas em estratos sociais diversos, o grupo de pesquisa de Botega descobriu que o problema é mais amplo do que se imaginava. O estudo levantou que quase um quinto das pessoas visitadas já pensou seriamente em suicídio ao longo da vida.
Para os pesquisadores, essa proporção deve se repetir em outros grandes centros. São números que não aparecem nos dados oficiais. "Basta dizer que apenas uma em cada três tentativas de suicídio recebe atendimento médico," disse.
No artigo, os pesquisadores alertam que a escassez de dados é um agravante, uma vez que implica menor conscientização dos clínicos e dos gestores de saúde pública em relação ao impacto do comportamento suicida nos serviços da área.
Em 97% dos casos, segundo vários estudos internacionais, o suicídio é um marcador de sofrimento psíquico ou de transtornos psiquiátricos. Em ambos são necessários profissionais de saúde treinados para detectar e tratar adequadamente o paciente durante uma passagem hospitalar, mesmo que essa se efetue por outras razões, como alguém que foi internado por acidente de trânsito, por exemplo.

Maiores riscos de suicídio
Segundo trabalhos realizados pelo grupo de Botega, gravidez na adolescência é um dos casos que exigem maior atenção de médicos e enfermeiros, uma vez que um estudo apontou que adolescentes grávidas possuem três vezes mais chances de tentar suicídio.
Outros estudos demonstraram que os riscos também são maiores com pacientes que sofrem de epilepsia e com pessoas que dependem do álcool. O que não quer dizer que outros casos também não devam ser considerados, segundo os pesquisadores.
O professor da Unicamp se baseia em dados de estudos que tem coordenado, como "Epilepsia e comportamento suicida na comunidade: um estudo de caso-controle", realizado de 2006 a 2008, e "Estudos de intervenção breve oportuna no hospital geral", realizado entre 2007 e 2009, ambos com apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa - Regular.

Disque Vida
Botega conta que o receio de induzir ao suicídio, ou de ter de carregar uma grande responsabilidade, inibe a maioria dos profissionais de saúde de perguntar ao paciente se ele já pensou no assunto. "É uma ideia errônea. Perguntar sobre suicídio é fundamental para o encaminhamento a um tratamento adequado", disse.
Além do treinamento adequado dos profissionais de saúde, Botega defende programas simples que podem evitar mortes. O acompanhamento telefônico de pacientes é um deles e sua eficácia foi comprovada no "Estudo multicêntrico de intervenção no comportamento suicida (Supre-Miss), da Organização Mundial da Saúde (OMS)", realizado entre 2003 e 2005.
Inserido em um estudo internacional da OMS, a equipe de Botega conseguiu reduzir em dez vezes a taxa de suicídio entre pessoas que já haviam tentado se matar. O tratamento consistiu apenas em acompanhar os pacientes por meio de ligações telefônicas periódicas.

Luz sobre o suicídio
Informar e sensibilizar a sociedade sobre o problema é outra atitude fundamental, de acordo com Botega. "Tirar o suicídio da penumbra é fundamental, é preciso uma comunicação ampla e responsável sobre o assunto", afirmou.
Com esse objetivo, a equipe de pesquisa da Unicamp publica materiais de divulgação, como folhetos e cartazes, dirigidos tanto a especialistas como ao público em geral, procurando desmistificar o assunto e abordá-lo de maneira aberta.
Segundo Botega, o suicídio não recebe a devida importância no Brasil, mas ocupa o terceiro lugar entre os óbitos não naturais, ficando atrás dos acidentes de trânsito (com quatro vezes mais mortes) e dos homicídios (seis vezes mais).

Suicídios no Brasil
O Brasil apresenta menos de 6,5 suicídios para cada 100 mil habitantes, o que o deixa entre os países com as menores taxas mundiais. Na maioria dos países europeus, por exemplo, esse número é de mais de 13 mortes para o mesmo número de habitantes.
"O que não quer dizer que a quantidade desse tipo de morte seja pequena por aqui", disse Botega, "por sermos um país populoso e, também, porque as taxas de suicídio, em algumas regiões e grupos populacionais, se aproximam das mais elevadas do planeta".
Educação permanente de profissionais de saúde, sensibilização e informação da sociedade e aplicação de programas eficazes de prevenção ao suicídio baseados em estudos científicos são, segundo o pesquisador, a chave para salvar muitas vidas no Brasil.

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Tipos de hepatite
A hepatite é uma doença inflamatória que atinge o fígado e compromete o desempenho de suas funções podendo evoluir, conforme a gravidade do caso, para cirrose ou câncer.
A hepatite pode possuir etiologia (causa da doença) viral, tóxica ou autoimune. A doença pode se apresentar de forma aguda (autolimitada e raramente fulminante) ou evoluir para cronicidade.
As hepatites mais comuns são de origem viral e causadas pelos vírus A, B, C, Delta e E. As hepatites B, C e D podem ser transmitidas principalmente por via sexual, vertical (mãe-filho) e parenteral.
No caso das hepatites A e E, a principal via de contágio é fecal-oral, por meio da ingestão de água e alimentos contaminados. Neste conjunto, a hepatite E vem merecendo especial atenção dos pesquisadores.

Hepatite E
Para investigar a presença da hepatite E no Brasil, 64 amostras sorológicas de pacientes com hepatite aguda sem etiologia definida (ou seja, com agente causador desconhecido) foram selecionadas pelo Grupo de Atendimento para Hepatites Virais do Laboratório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
Este material, coletado entre 2004 e 2008, foi submetido a testes sorológicos e moleculares no Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia do IOC.
As análises possibilitaram o diagnóstico laboratorial do vírus E (HEV, na sigla em inglês) em um dos pacientes acometidos pela forma aguda da hepatite.
Anticorpos específicos da classe IgG (anti-HEV) para este vírus já haviam sido encontrados em diferentes grupos populacionais no Brasil, indicando um contato anterior destas pessoas com o HEV, mas, até então, nenhum caso de hepatite E aguda havia sido registrado.
A pesquisa está descrita no artigo First report of a human autochtonous hepatitis E virus infection, publicado no periódico científico Journal of Clinical Virology.

Vírus da hepatite E no Brasil
"Os estudos sobre a hepatite E no Brasil ainda são muito recentes se compararmos com os de doenças causadas por outros vírus", afirma Débora Regina Lopes dos Santos, uma das autoras do artigo.
"O que se observa ao longo da história é que as regiões consideradas não endêmicas, como o Brasil, apresentam evidências sorológicas quando são realizados estudos de prevalência, indicando que uma possível razão desta alta prevalência para a hepatite E seja a manutenção do vírus em reservatório animal", declara Débora.
Segundo ela, há pesquisas no mundo que detectaram a existência do HEV em animais, principalmente em suínos, mas ela destaca que a transmissão zoonótica por meio de contato direto com animais ou consumo de carne infectada ainda está sob investigação. "Um estudo realizado no Japão comparou a sequência nucleotídica do vírus encontrado em um paciente infectado com o HEV detectado em amostras de fígado de porco consumido pelo paciente. Observou-se que as sequências eram similares", relata.
Os pesquisadores afirmam que a provável transmissão do vírus para humanos por via zoonótica pode contribuir para a presença dos anticorpos anti-HEV na população brasileira. No entanto, segundo o estudo, ainda é necessária a caracterização molecular dos vírus encontrados em casos autóctones no Brasil para investigar esta possibilidade.

Vírus suíno
No trabalho publicado no Journal of Clinical Virology, a amostra do paciente demonstrou estar relacionada a outra amostra de suíno, caracterizada em outro estudo realizado pelo grupo em colaboração com a Universidade Federal do Mato Grosso e com o pesquisador do Laboratório de Neurovirulência de Biomanguinhos (LANEU - BioManguinhos / Fiocruz), Renato Sérgio Marchevsky.
De acordo com Marcelo Alves Pinto, chefe do Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia do IOC e coordenador da pesquisa, um dos objetivos do estudo é chamar a atenção das instituições de saúde pública para a possibilidade de haver mais casos não diagnosticados laboratorialmente e, portanto não notificados, permanecendo fora das estatísticas do Ministério da Saúde.
"Se pensarmos em termos de saúde pública, a gravidade desta doença pode não ser evidente, mas o papel de uma instituição de pesquisa comprometida com o binômio saúde/sociedade é dar um retorno ao público sobre os estudos realizados, assim como, fornecer informação e possíveis estratégias para dinamização do diagnóstico no futuro", destaca Débora.
Ela lembra que casos agudos e fulminantes já foram descritos em países como a Argentina. Um surto de outro genótipo do HEV, não associado à transmissão zoonótica, foi descrito no México e em Cuba além de países asiáticos. "Apesar de nenhum surto ter sido registrado no Brasil até o momento, é importante que as autoridades de saúde tenham conhecimento", declara. Cozinhar bem a carne antes do consumo e manter boas condições de saneamento básico e higiene são ações importantes para prevenir a doença. Segundo os pesquisadores, o estudo servirá como ponto de partida para pesquisas mais amplas.

Informações sobre a hepatite E
A hepatite E é causada pelo vírus E (um RNA-vírus) e sua transmissão é fecal-oral, ocorrendo por meio do consumo de água ou alimentos contaminados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também informa, em sua página na internet (em inglês), que existe a possibilidade de transmissão zoonótica do vírus, considerando que este vírus circula em granjas de suínos. De acordo com a OMS, o primeiro caso comprovado de epidemia de hepatite E foi relatado na década de 1980.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), apesar de as condições sanitárias serem deficientes em muitas regiões, não foi descrita nenhuma epidemia causada pelo vírus E no Brasil. Já na África, Ásia, México, e, recentemente, em Cuba, surtos foram registrados. Ainda de acordo com o MS, a hepatite E causa quadros graves principalmente em gestantes.
O pesquisador do IOC, Marcelo Alves Pinto, informa que geralmente a doença apresenta um quadro clínico semelhante ao da hepatite A. "De uma maneira geral, ela difere da hepatite B e da C por apresentar-se nas formas sub-clínica e aguda. Apesar de deixar o indivíduo incapacitado durante muito tempo, é uma doença autolimitada", completa.

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Medo do risco
Quanto mais emoções negativas estiverem presentes nos traços emocionais de um grupo de executivos, mais conservadoras serão as decisões dessa diretoria, que tenderá a assumir menos riscos.
A conclusão é de um estudo que analisou apenas emoções sutis, de baixa intensidade - e não explosões emocionais - coordenada por Juan Bautista Delgado García, da Universidade de Burgos, na Espanha, e que acaba de ser publicado no British Journal of Management.

Emoções e riscos
O estudo baseou-se em questionários enviados para todos os diretores e presidentes de bancos e seguradoras da Espanha (70 bancos e 46 seguradoras).
A pesquisa, que teve a impressionante taxa de resposta de 48,3%, continha uma seleção de questões relacionadas com as características emocionais e as características demográficas dos executivos.
Para avaliar o nível de risco econômico assumido pelas empresas dirigidas por esses executivos, foram utilizadas várias medidas relacionadas ao risco geral, risco de crédito e carteiras de empréstimos (créditos comerciais, créditos com garantia real e leasing), obtidas a partir dos balanços anuais das instituições financeiras.

Traços emocionais
Os cientistas usaram uma metodologia para condensar as duas principais características emocionais - emoções positivas e emoções negativas - com base em uma escala largamente aceita no meio científico, chamada escala PANAS de traços emocionais negativos (como nervosismo ou irritação) e traços emocionais positivos (como interesse ou entusiasmo).
"É importante ressaltar que, embora não pareça, estes dois tipos de traços emocionais são duas dimensões distintas do caráter de qualquer pessoa. Um indivíduo pode ser muito emocional, nada emocional, ou ser muito emocional em traços positivos e não em negativos, e vice-versa," explica Delgado.

Emoções e nível educacional
Os resultados mostraram que, quanto mais fortes são os traços emocionais negativos dos executivos, maior é a proporção dos créditos com garantias reais que o banco tem e menores as concessões de empréstimos e leasing.
No caso dos créditos comerciais, não foi detectada nenhuma forma de influência das emoções.
O estudo também comparou a relação entre risco do negócio e experiência anterior no setor bancário, nível educacional, experiência do executivo na área de risco e sua participação acionária no próprio banco.
"O mais importante desses aspectos foi o nível educacional dos diretores. Em outras palavras, há diferença se o diretor tem uma licenciatura, um mestrado ou um doutorado. Quanto maior o nível educacional, maior é o nível de risco assumido pelo banco que ele dirige," conclui Delgado.

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Não jogue fora seus amuletos: superstição funciona mesmo

Postado por gb terça-feira, 20 de julho de 2010 0 comentários

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Amuletos que funcionam
Não zombe dos pés de coelho e de outros amuletos da sorte que muitas pessoas costumam trazer consigo.
Uma nova pesquisa demonstrou que ter algum tipo de símbolo ou amuleto da sorte pode realmente melhorar o desempenho das pessoas - pelo mecanismo simples de aumentar a sua autoconfiança.

Superstição nos esportes
"Eu acompanho vários esportes, eu leio sobre esportes, e eu percebi que frequentemente os atletas - inclusive atletas famosos - têm superstições," diz Lysann Damisch, da Universidade de Cologne, na Alemanha.
Michael Jordan usava um calção da sua equipe da faculdade sob seu uniforme da NBA para dar sorte; Tiger Woods veste uma camisa vermelha nas partidas aos domingos, geralmente o último e mais importante dia do torneio.
"E eu ficava me perguntando, por que eles fazem isso?"

Amuleto da sorte
Com seus colegas Barbara Stoberock e Thomas Mussweiler, Damisch projetou um conjunto de experimentos para ver se a ativação das crenças supersticiosas das pessoas poderia melhorar seu desempenho em uma tarefa.
Em um dos experimentos, os voluntários foram orientados a levar um amuleto da sorte com eles. Em seguida, os pesquisadores levaram o amuleto embora com o argumento de que queriam tirar uma foto dele.
As pessoas levaram todos os tipos de itens, de antigos animais empalhados e anéis de casamento até pedras da sorte.
Metade dos voluntários recebeu seu amuleto de volta antes de iniciar o teste. Para a outra metade foi dito que havia um problema com a câmera e que eles iriam recebê-los de volta mais tarde.

Autoconfiança
Os voluntários que receberam seu amuleto da sorte antes do teste se saíram melhor em um jogo de memória no computador. Testes subsequentes mostraram que esta diferença de desempenho se devia ao seu sentimento de autoconfiança.
Eles também estabelecem metas mais elevadas para si mesmos. Apenas desejar boa sorte para alguém, como "Eu aperto o polegar para você" - a versão alemã de "Estou cruzando os dedos por você" - o desempenho dos voluntários melhorou em uma tarefa que exigia destreza manual.
É claro que mesmo Michael Jordan perdia jogos de basquete de vez em quando. "Isso não significa que você vai ganhar, porque, naturalmente, ganhar e perder é outra coisa," diz Damisch.

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Brócolis contra o câncer
O brócolis tem mostrado efeitos protetores contra uma série de doenças, do câncer de mama até a asma.
Ele também atua inibindo o desenvolvimento do câncer de próstata, mas até agora os cientistas não sabiam como o vegetal agia no organismo para produzir esse efeito protetor.
Esse mecanismo acaba de ser decifrado por uma equipe internacional de cientistas, chefiada pelo Dr. Richard Mithen, do Instituto de Pesquisas Alimentares da Inglaterra. A descoberta foi publicada no último exemplar da revista Molecular Cancer.

Sulforafano
Os cientistas descobriram que o efeito benéfico do brócolis deve-se ao sulforafano, um composto químico presente no vegetal que interage com as células que não possuem um gene chamado PTEN, reduzindo as chances do desenvolvimento do câncer de próstata ou retardando seu desenvolvimento.
O grupo realizou uma série de experimentos com tecidos da próstata humana e com modelos animais do câncer de próstata para estudar as interações entre a expressão do gene PTEN e a atividade anticâncer do sulforafano.
"O PTEN é um gene supressor do tumor, e a sua deleção ou inativação pode iniciar a carcinogênese prostática, ou aumentar a probabilidade de progressão do câncer. Nós demonstramos aqui que o sulforafano tem efeitos diferentes dependendo se o gene PTEN está presente ou não," explica Mithen.

Competição celular
Os cientistas constataram que, em células que expressam o PTEN, a ingestão de sulforafano não tem nenhum efeito sobre o desenvolvimento do câncer de próstata.
Em células que não expressam o gene, no entanto, o sulforafano torna as células "menos competitivas", oferecendo uma explicação de nível molecular para como consumir brócolis pode reduzir o risco de incidência de câncer de próstata, ou de sua progressão, se ele já tiver-se instalado.

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Falta de desejo sexual domina queixas de mulheres

Postado por gb sábado, 17 de julho de 2010 0 comentários

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Climatério
No Ambulatório de Sexualidade do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), cerca de 70% das mulheres encaminhadas ao setor apresentam falta de desejo sexual.
O restante das pacientes com problemas de disfunção sexual que vão ao ambulatório apresenta vaginismo (contração dos músculos vaginais que muitas vezes impede a penetração) e dor durante a relação sexual.
De acordo com a coordenadora do ambulatório, a médica ginecologista Elsa Gay, a grande maioria dessas pacientes está no climatério, fase de transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da mulher.
Entretanto, a médica aponta a presença de mulheres jovens que também apresentam problemas ligados às disfunções sexuais.

Problemas psicológicos
Elsa conta que em 90% dos casos o problema é psicológico e não orgânico. "Drogas como antidepressivos podem até inibir o desejo sexual", informa a especialista, acrescentando que não existe nenhuma medicação para aumentar a libido feminina que tenha sua eficácia comprovada cientificamente.
"Quando o sexo deixa de proporcionar prazer, é sinal de que algo está errado", observa a ginecologista, lembrando que muitas vezes a mulher moderna deixa as preocupações diárias interferirem no relacionamento afetivo.
"A correria, o estresse do trabalho e a preocupação com os filhos e com a casa são grandes vilões da sexualidade. Quando há crises no relacionamento, a mulher se fecha para a vida sexual", aponta.

Terapia focada na sexualidade
O tratamento é realizado por meio de terapia focada na sexualidade. Um grupo de 10 a 15 mulheres frequenta os encontros semanais, que duram entre uma hora e uma hora e meia, durante dois meses. A cada 8 semanas, um novo grupo de mulheres é formado.
A médica conta que muitas delas desconhecem o próprio corpo: não sabem, por exemplo, da importância do clitóris para a obtenção do prazer sexual. "Se a mulher se conhecer, saber como funciona, ela pode pedir ao parceiro para estimulá-la", comenta. "Existem também algumas mulheres que sentem prazer com a estimulação do clitóris, mas sentem vergonha por isso", completa.

Conhecer o próprio corpo
Para Elza, é fundamental que a mulher conheça o próprio corpo e, inclusive, se olhe no espelho. A médica explica que uma das atividades da terapia é a mulher se olhar no espelho e ver quais são os seus pontos positivos, para que valorize esses pontos, aumentando assim a auto-estima.
"Outro 'exercício' está ligado a prática de uma massagem, uma estimulação manual: "A mulher pensa que o homem só se interessa pela penetração, mas isso não é verdade. Ele também gosta de fazer coisas diferentes durante o sexo", finaliza.
O ambulatório existe há 5 anos. A equipe é formada por 3 médicos ginecologistas, além de um fisioterapeuta. O encaminhamento das pacientes é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), via Postos de Saúde e do próprio HC. Os dados apresentados fazem parte da pesquisa do médico ginecologista Theo Lerner.

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A invasão dos mosquitos
Vivemos em um planeta com cerca de 2.500 espécies diferentes de mosquitos. Os Anopheles são os transmissores de malária e os Aedes da febre amarela e da dengue.
Cerca de 2 bilhões de pessoas, correspondente a 30% da população mundial, correm riscos de contrair alguma doença transmitida por mosquitos, principalmente os que moram em zonas tropicais.

Problemas das técnicas de combate aos mosquitos
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. No Brasil, mais de 200 mil pessoas por ano sofrem algum problema de saúde causada pelo mosquito Aedes. A malária, por sua vez, mesmo menos popular que a dengue, é a causa da morte de 1 a 2,5 milhões de pessoas por ano.
O carro-fumacê ou nebulização são medidas executadas para o controle da epidemia, no entanto, utilizam agentes que com exposição continuada podem ser tóxicos, causando problemas alérgicos e neurológicos.
Repelentes são boa estratégia para o controle de epidemia, porém os repelentes conhecidos e adquiridos em supermercados ou farmácias, na forma de cremes ou sprays, podem causar alergias de pele ou toxicidade sistêmica, além de interferência endócrina.

Repelentes naturais de mosquitos
Baseado em fatos como esses, pesquisadores da área de Biomateriais Poliméricos do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), estão desenvolvendo um projeto para a obtenção de dispositivos repelentes naturais de mosquitos.
O projeto, coordenado pela farmacêutica bioquímica Sizue Ota Rogero, objetiva a criação de um dispositivo repelente em forma de pulseira, botão ou outro artefato similar, para liberar lentamente substâncias repelentes de origem vegetal, numa combinação de óleos essenciais com eficácia comprovada.
A pesquisadora conta que já existem produtos similares disponíveis no mercado. "No Brasil já existem pulseiras e adesivos repelentes à base de citronela, um tipo de óleo essencial. Porém estudamos o desenvolvimento de pulseiras repelentes contendo um mistura de óleos essenciais de plantas, com propriedades repelentes, que é 100% natural. Além disso, pretendemos que os dispositivos repelentes apresentem liberação lenta dos óleos essenciais, garantindo um tempo de ação prolongado, que suas propriedades sejam seguras para o uso por crianças e gestantes, sem qualquer prejuízo à saúde e que seja econômico", ressalta a pesquisadora.

Óleos essenciais
No projeto financiado pela FAPESP foi enfatizado o estudo de matrizes poliméricas com o objetivo de desenvolver um dispositivo de liberação lenta de óleos essenciais de origem vegetal, com propriedades repelentes.
Sizue complementa: "O produto, uma vez desenvolvido, deverá ser submetido aos testes de eficácia, de segurança e de tempo de duração do efeito desejado, por laboratórios especializados. A matriz polimérica utilizada será a de silicone, por ser biocompatível, não tóxico e não interferir na eficácia do produto. Após incorporação da mistura de óleos essenciais com propriedade repelente para mosquitos, poderão ser confeccionados cordões para uso como pulseiras, além de diferentes formatos para uso como broches ou pingentes".
Esses produtos também poderão ser utilizados em animais de estimação, com a incorporação de óleo essencial com propriedade repelente de pulgas e carrapatos ou simplesmente como adereços perfumados.

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Cientistas isolam ingrediente antibacteriano do mel

Postado por gb sexta-feira, 16 de julho de 2010 0 comentários

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Mel contra bactérias
Uma pesquisa publicada na edição de julho do jornal médico FASEB explica pela primeira vez como o mel mata bactérias.
A pesquisa mostra que as abelhas produzem uma proteína que adicionam ao mel, chamada defensina-1, que possui potentes propriedades antibacterianas e que poderá ser usada contra bactérias resistentes aos antibióticos.
Isolada, ou mesmo sintetizada artificialmente, a defensina-1 poderá no futuro ser usada para tratar queimaduras e infecções da pele e para desenvolver novos medicamentos, capazes de combater infecções resistentes aos antibióticos.

Mel na medicina
"Nós elucidamos completamente a base molecular da atividade antibacteriana de um tipo de mel, o que contribui para a aplicabilidade do mel na medicina," disse Sebastian Zaat, do Centro Médico Acadêmico em Amsterdã, na Holanda. "O mel, ou componentes isolados derivados do mel, poderão ser de grande valia para a prevenção e o tratamento de infecções causadas por bactérias resistentes aos antibióticos."
Zaat e colegas investigaram a atividade antibacteriana de um mel já usado medicinalmente, colocando-o em tubos de ensaio contendo um grupo de bactérias causadoras de doenças e resistentes aos antibióticos comuns.
Eles desenvolveram um método para neutralizar seletivamente os fatores antibacterianos já conhecidos do mel e determinar suas contribuições individuais.

Defensina-1
Em última análise, os pesquisadores isolaram a proteína defensina-1, que faz parte do sistema imunológico das abelhas e é adicionada por elas ao mel.
Após as análises, os cientistas concluíram que a grande maioria das propriedades antibacterianas do mel vem da defensina-1.
Esta informação também lança luzes sobre o funcionamento interno do sistema imunológico das abelhas, o que poderá ajudar os criadores a criar abelhas mais saudáveis.
"Nós sabemos há milênios que o mel pode ser bom contra as doenças, mas não sabíamos como ele funcionava," disse Gerald Weissmann, editor-chefe do jornal FASEB. "Agora que extraímos um poderoso ingrediente antibacteriano do mel, nós podemos torná-lo ainda mais eficaz e combater as infecções bacterianas."

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 Tratamento de canal
Cientistas anunciaram um avanço significativo rumo a uma verdadeira revolução nos tratamentos dentários.
Eles estão desenvolvendo técnicas para que o tratamento de canal traga os dentes de volta à vida, ao invés de deixar um dente morto, ou "não-vital", na boca dos pacientes.
Nadia Benkirane-Jessel e seus colegas do Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França criaram o primeiro filme dental que se aproxima desse objetivo - filme é uma película extremamente fina, contendo poucos átomos de espessura.

Endodontia regenerativa
Os atuais procedimentos de tratamento de canal ajudam a evitar a perda de dentes em milhões de pessoas todos os anos.
Durante o procedimento, o dentista remove a polpa inflamada e dolorida, o tecido mole dentro do dente doente que contém os nervos e os vasos sanguíneos.
Já a chamada endodontia regenerativa busca o desenvolvimento e a implantação de tecidos que substituam a polpa dentária danificada ou doente, com potencial para oferecer uma alternativa revolucionária à simples remoção da polpa.
Os cientistas estão relatando o desenvolvimento de um filme multicamada feito em escala nanométrica - apenas 1/50.000 da espessura de um fio de cabelo humano - contendo uma substância que é capaz de ajudar a regenerar a polpa dentária.

Estimulante hormonal alfa-melanócito
Estudos anteriores mostraram que a substância, chamada estimulante hormonal alfa-melanócito, ou alfa-MSH, possui propriedades anti-inflamatórias.
Os cientistas demonstraram em testes de laboratório que o alfa-MSH, combinado com um polímero, produz um material que combate a inflamação nos fibroblastos da polpa dental. Os fibroblastos são o principal tipo de célula encontrada na polpa dental.
Os nanofilmes contendo alfa-MSH também levaram ao aumento do número dessas células. Isso poderá ajudar a revitalizar os dentes danificados e reduzir a necessidade de um tratamento de canal tradicional invasivo, sugerem os cientistas.

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Acariciar um cão pode elevar os níveis de anticorpos que evitam a proliferação de vírus e bactérias

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A convivência com animais de estimação pode contribuir não só para o bem-estar psicológico, mas também para a prevenção e tratamento de várias patologias. A conclusão tem como base a revisão de estudos nacionais e internacionais sobre o tema, realizado por pesquisadores do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo (USP), liderado pelo professor César Ades. Os cientistas destacam, por exemplo, a melhora da imunidade de crianças e adultos, a redução dos níveis de estresse e da incidência de doenças comuns, como dor de cabeça ou resfriado. O objetivo do mapeamento, encomendado pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), integrante do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), era enfatizar informações relevantes e pouco conhecidas sobre os benefícios sociais, psicológicos e físicos na relação entre o homem e o animal.

De acordo com o levantamento, as vantagens independem da idade. Os pesquisadores da USP citam, por exemplo, um trabalho que identificou vários benefícios aos bebês que convivem com cães. Certas proteínas que desempenham um importante papel na regulação do sistema imunológico e das alergias aumentam significativamente em crianças de um ano quando expostas precocemente à presença de um cão. Segundo a pesquisadora Carine Savalli Redígolo, este trabalho mostra que o convívio possibilita aos bebês ficar menos suscetíveis às alergias e dermatites tópicas. “Também foi observada a redução de rinites alérgicas por volta dos 4 anos e dos 6 aos 7, devido à redução da imunoglubina E, um anticorpo que quando em altas concentrações sugere um processo alérgico”, afirma. De acordo com a pesquisa ainda há resistência de pessoas com filhos pequenos adquirirem um animal de estimação: 44% das residências que têm pelo menos um pet são de casais com filhos jovens ou adolescentes; este número cai para 16% quando se trata de famílias com crianças até 9 anos. Um gesto simples pode trazer importantes efeitos ao sistema imunológico de pessoas de qualquer idade. “Acariciar um cão pode elevar os níveis de imunoglobulina A, um anticorpo presente nas mucosas que evita a proliferação viral ou bacteriana, sendo importante na prevenção de várias patologias. Este resultado se deve, possivelmente, ao relaxamento que o contato com o animal proporciona”, explica Carine.

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Efeito borboleta é detectado no cérebro

Postado por gb quarta-feira, 14 de julho de 2010 0 comentários

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Cérebro não-confiável
Da próxima vez que sua memória lhe pregar uma peça, você já tem uma desculpa: de acordo com uma pesquisa feita por cientistas britânicos, e publicada no último exemplar da revista Nature, o cérebro é intrinsecamente não-confiável.
Isto pode não ser muito surpreendente para a maioria de nós, sempre às voltas com esquecimentos e erros de raciocínio, mas o fato tem confundido os neurocientistas há décadas.
O problema parece começar no fato de que os cientistas comparam o cérebro com um computador.
E, assim sendo, o cérebro seria também o dispositivo de computação mais poderoso que se conhece, como poderia ele funcionar tão bem se o comportamento dos seus circuitos é variável?

Efeito borboleta no cérebro
Uma hipótese levantada há muito tempo é que os circuitos do cérebro são de fato confiáveis, e a variabilidade aparentemente alta se deve a que o cérebro está envolvido em muitas tarefas simultaneamente, uma afetando as outras.
É esta hipótese que os cientistas da Universidade College London agora testaram diretamente.
A equipe se inspirou no chamado efeito borboleta - que estabelece que o bater das asas de uma borboleta no Brasil pode gerar um tornado no Texas, devido a uma longa cadeia de causalidades que se espalha sem controle a partir de um evento inicial.

Efeito multiplicador
O experimento consistiu em introduzir uma pequena perturbação no cérebro, o equivalente neural do bater de asas de uma borboleta, e acompanhar o que aconteceria com a atividade nos demais circuitos cerebrais.
Os resultados mostraram que o pequeno evento inicial gera um gigantesco efeito multiplicador.
A perturbação inicial consistiu de um único impulso nervoso - um disparo de neurônio - induzido no cérebro de um rato.
Esse único disparo extra causou cerca de trinta novas sinapses nos neurônios próximos, a maioria dos quais geraram outros trinta disparos extras, e assim por diante.
Isso pode não parecer muito, dado que o cérebro produz milhões de sinapses a cada segundo, mas os pesquisadores estimaram que o impulso extra induzido artificialmente afetou uma quantidade de neurônios no cérebro que também atinge a casa dos milhões.

Ruído no cérebro
"Este resultado indica que a variabilidade que vemos no cérebro pode ser na realidade devido ao ruído, e representa uma característica fundamental da função cerebral normal," afirma o Dr. Mickey Londres, coautor do artigo.
Esta rápida amplificação de disparos neuronais significa que o cérebro gera muito mais ruído do que os computadores.
No entanto, o cérebro pode realizar tarefas muito complexas com enorme velocidade e precisão - com muito mais rapidez e precisão do que o computador mais poderoso já construído, e provavelmente a ser construído em um futuro imaginável.
Os pesquisadores sugerem que, para que o cérebro funcione tão bem frente a níveis tão elevados de ruído, ele deve estar usando uma estratégia chamada de código de frequência (rate code).
Em um código de frequência, os neurônios consideram a atividade de um conjunto de muitos neurônios, ignorando a variabilidade individual, ou ruído, produzido por cada um deles.

Fiação cerebral
Se a hipótese estiver correta - e o cérebro produzir mesmo muito ruído - restaria saber o porquê.
Os pesquisadores sugerem que uma possibilidade é que este seja o preço que o cérebro paga pela alta conectividade entre os neurônios - cada neurônio conecta-se a cerca de 10 mil outros, resultando em mais de 8.000 mil quilômetros de "fiação" no cérebro humano.
Os cientistas consideram que a alta conectividade é pelo menos em parte responsável pela capacidade computacional do cérebro.
No entanto, como mostra a pesquisa, quanto maior a conectividade, mais ruidoso será o cérebro. Portanto, embora o ruído não seja um recurso útil, ele seria, pelo menos, um subproduto de um recurso útil.

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Respiração contra asma
Exercícios respiratórios são eficazes e podem atuar como aliados ao tratamento medicamentoso da asma na população idosa.
De acordo com uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP, idosos asmáticos que se submeteram a um programa regular de exercícios respiratórios - em geral deixados em segundo plano - apresentaram melhora no quadro clínico e na qualidade de vida.
O estudo de Ludmila Tais Yazbek Gomieiro focou em um programa de exercícios que consiste basicamente em praticar a respiração diafragmática, com ênfase na parte baixa do diafragma, para que a respiração se dê de maneira mais correta:
"No dia-a-dia não enchemos nem esvaziamos o pulmão o quanto deveríamos", afirma Ludmila. O programa de exercícios foi aplicado duas vezes por semana, em sessões de uma hora, durante quatro meses.

Asma na velhice
Os principais sintomas da asma - tosse, falta de ar e "aperto" no peito - se manifestam em crises desencadeadas, normalmente, por estímulos físicos, emocionais ou ambientais, como fumaça ou poeira.
A limitação física dos idosos, consequência natural da maior idade, facilita o desencadeamento desses sintomas, principalmente quando uma atividade física, ainda que diária, é realizada.
Além disso, o envelhecimento torna a parede torácica mais rígida e enfraquece os músculos respiratórios, entre eles o diafragma, o que reduz a capacidade de respirar. Assim, em função do medo da crise, a autoconfiança dos idosos diminui e isso tem influência negativa em sua vida social.
"Eles ficam com medo de sair de casa, de passear com os netos, de viajar, pois acham que terão falta de ar ou uma crise e não terão como serem socorridos, pois estarão em ambientes desconhecidos", explica a pesquisadora.

Bronco-dilatador
De acordo com o estudo, houve um aumento das pressões inspiratórias e expiratórias em decorrência do fortalecimento da musculatura, ou seja, o pulmão passou a esvaziar e a encher melhor. Isso diminuiu as limitações físicas dos pacientes.
"Subir ladeiras e escadas, entrar no ônibus ou realizar atividades diárias tornou-se mais fácil", descreve Ludmila.
A necessidade do bronco-dilatador, conhecido por "bombinha", também diminuiu, bem como a quantidade de falta de ar durante a noite. Em conjunto, esses resultados aumentaram a qualidade de vida dos idosos, que passaram a se sentir mais confiantes.

Exercícios respiratórios
No Brasil, o aumento da população com mais de 60 anos e a ausência de estudos sobre exercícios respiratórios como tratamento da asma para pessoas com essa faixa etária foram fatores que levaram Ludmila a pesquisar o tema. Entretanto, sua maior motivação foram as aulas de atividades físicas para asmáticos das quais participava. "Alguns alunos chegavam em crise leve e nós conseguíamos reverter o quadro só com os exercícios respiratórios."
A maioria dos tratamentos deixa de lado os exercícios ou, quando os utilizam, fazem uso de aparelhos e válvulas inspiratórias, o que os torna menos acessíveis. O programa de exercícios desenvolvido por Ludmila não necessita de aparelhos e o paciente pode praticá-lo sem sair de casa. "Se a pessoa tiver disciplina e conseguir decorar o básico, é possível fazer sozinha." Além disso, se praticados regularmente, podem ser coadjuvantes no tratamento da doença.

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Vitamina D diminui risco de Mal de Parkinson

Postado por gb terça-feira, 13 de julho de 2010 0 comentários

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Super vitamina
Um novo estudo indicou que pessoas com níveis elevados de vitamina D podem ter menor risco de desenvolver doença de Parkinson. O trabalho foi publicado na edição de julho do periódico Archives of Neurology.
O papel da vitamina D na saúde óssea é conhecido, mas estudos anteriores apontaram a relação também com problemas como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e para ativar o sistema imunológico. 

Vitamina D e Parkinson
Paul Knekt e seus colegas do Instituto Nacional para Saúde e Bem-Estar da Finlândia, acompanharam 3.173 homens e mulheres com idades entre 50 e 79 anos e que não tinham diagnóstico de Parkinson no início do estudo, entre 1978 e 1980.
Os participantes completaram questionários e foram submetidos a entrevistas sobre aspectos de saúde e socioeconômicos. Também foram examinados e forneceram amostras de sangue para análise.
Em um período de 29 anos, até 2007, os pesquisadores observaram que 50 dos participantes desenvolveram doença de Parkinson.
Após serem feitos os ajustes para fatores potencialmente relacionados (como atividade física e índice de massa corporal), os indivíduos no grupo com níveis mais elevados da vitamina D apresentaram 67% menos risco de desenvolver a doença do que o grupo com menores níveis - os participantes foram divididos em quatro grupos com relação aos níveis da vitamina.
"Apesar dos níveis baixos de vitamina D em geral na população estudada, uma relação de dose e resposta foi encontrada. O estudo foi conduzido na Finlândia, onde há exposição restrita à luz solar e, portanto, tem como base uma população com níveis continuamente baixos da vitamina", disse Knekt.

Deficiência crônica de vitamina D
"De fato, o nível médio da vitamina D na população estudada é cerca da metade do nível considerado ideal, de 75 a 80 nanomoles por litro. Os resultados do estudo são consistentes com a hipótese de que uma deficiência crônica de vitamina D é um fator de risco para Parkinson", destacou.
Segundo os pesquisadores, os mecanismos pelos quais os níveis da vitamina podem afetar o desenvolvimento da doença são desconhecidos, mas o nutriente exerce um efeito protetor no cérebro por meio de atividades antioxidantes, da regulação de níveis de cálcio, da desintoxicação, da modulação do sistema imunológico e da melhoria na condução de eletricidade nos neurônios.
"O estudo reúne os primeiros dados promissores em humanos que sugerem que um estado inadequado de vitamina D está associado com o risco de desenvolver Parkinson, mas outras pesquisas são necessárias, tanto básicas como clínicas, para elucidar o papel, mecanismos e concentrações exatas", disse Marian Leslie Evatt, da Universidade Emory, nos Estados Unidos, em editorial na revista sobre o estudo.

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No popular
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) está realizando uma campanha para reduzir o consumo de sal entre os brasileiros.
O produto consumido em excesso agrava o estado de saúde dos hipertensos e pode causar complicações, como derrames. De acordo com a entidade, a hipertensão atinge cerca de 30% da população.
Segundo o diretor de Promoção Social da SBC, Dikran Armaganijan, uma das medidas defendidas pela entidade é a mudança nos rótulos dos alimentos industrializados, que deveriam substituir o termo cloreto de sódio pelo nome popular: sal.

Diferença entre sal e sódio
Uma pesquisa da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, promovida com pacientes hipertensos atendidos no Hospital Dante Pazzanese, constatou que 93% deles simplesmente desconhecem a diferença entre sal e sódio.
Quimicamente, o sal de cozinha é cloreto de sódio, ou seja, é formado por átomos de cloro e átomos de sódio. Os cristais de cloreto de sódio contêm 39.337% de sódio e 60,663% de cloro. Assim, a quantidade de sódio precisa ser multiplicada por 2,5 para corresponder ao total de cloreto de sódio, ou sal de cozinha, presente no alimento.
É importante verificar também que o termo sal é de uso genérico em química, e nem todos os sais contêm sódio. Assim, é mais correto falar que o sal de cozinha é cloreto de sódio.
Para o médico, essa alteração nos rótulos é importante devido a grande quantidade de sal presente nos alimentos industrializados: "A indústria brasileira mantém uma quantidade excessiva de sal nos alimentos. E nós, brasileiros, não estamos acostumados a ler a composição dos produtos."

Novos rótulos de alimentos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu novas normas para as propagandas dos produtos com grande quantidade de açúcar, sódio e gordura saturada ou trans (gordura vegetal que passa por um processo de hidrogenação natural ou industrial).
As empresas têm seis meses para apresentar alertas nas propagandas sobre os riscos do consumo excessivo.
A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) reagiu à determinação da Anvisa e prometeu questionar a resolução judicialmente. Segundo a entidade, o consumo excessivo de alimentos possivelmente prejudiciais "é muito mais reflexo dos hábitos alimentares da população do que da composição dos produtos industrializados".
Além de pressionar a Anvisa sobre a necessidade das mudanças nos rótulos dos alimentos, a SBC vem promovendo várias ações de conscientização. Um exemplo são os dias temáticos de combate à hipertensão, onde os médicos medem a pressão da população em locais públicos e alertam sobre os perigos da pressão alta. "Eu acho que essas comunicações constantes devem alertar a população a se interessar um pouquinho mais", disse Armaganijan.

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Hospitais erram na administração de remédios em 30% dos casos

Postado por gb segunda-feira, 12 de julho de 2010 0 comentários

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Erros nos hospitais
Ao analisar a administração de medicamentos em cinco hospitais públicos brasileiros, uma pesquisa detectou erros na administração de fármacos em 30% dos casos. Desses erros, 77% se concentraram no tempo de administração dos medicamentos, isto é, foram dados aos pacientes antes ou depois da hora certa.
No estudo, foram identificadas como "erros de horários" as situações em que o medicamento foi administrado em um período superior a 60 minutos de antecedência ou de atraso em relação ao horário correto elaborado pelo enfermeiro ou técnico de enfermagem. O trabalho verificou concentração na administração de medicamentos no período da manhã.

Problemas administrativos
"Os principais determinantes da alta incidência são fatores internos ao processo de trabalho, como o fato de o profissional ter diversos pacientes para cuidar ou falhas no sistema de distribuição, que levam a atrasos na entrega dos medicamentos e, consequentemente, na sua administração", disse Adriano Max Reis, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), primeiro autor do artigo que descreve a pesquisa.
O estudo, publicado na revista Acta Paulista de Enfermagem, identificou quase 1,5 mil erros ao analisar a administração de 4.958 doses por via parental (que não passa pelo sistema digestivo), ministradas em cinco unidades hospitalares ligadas a universidades das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
Recentemente, um estudo mostrou que o mesmo acontece em países desenvolvidos, como a Alemanha, onde milhares de mortes ocorrem anualmente por erros cometidos em hospitais.
 
Erros de medicação
De acordo com Silvia Helena De Bortoli Cassiani, professora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) e coautora da pesquisa, os objetivos do estudo foram descrever as características farmacológicas dos medicamentos envolvidos em erros de administração e determinar a frequência do problema com medicamentos potencialmente perigosos e de baixo índice terapêutico.
"Investigar a relação entre as características farmacológicas e os erros de medicação é relevante, uma vez que permite identificar os tipos de medicamentos e os fatores relacionados aos erros, além de fornecer informações úteis para que sejam elaboradas iniciativas de melhoria da segurança dos pacientes", disse.
Segundo o estudo, as administrações de medicamentos para os sistemas cardiovascular e nervoso, para o trato alimentar e metabolismo e anti-infecciosos de uso sistêmico apresentaram maior frequência de erros.

Dose terapêutica e dose tóxica
Silvia destaca que conhecer a relação entre a dose terapêutica e a dose tóxica é extremamente importante. "O conhecimento sobre os fármacos é essencial diante da diversidade do arsenal terapêutico disponível hoje nos hospitais, que cresce a cada dia com a incorporação de novas classes terapêuticas e sistemas de liberação de fármacos, gerando um fator de risco para erros de medicação", disse.
Grupos de medicamentos como os de baixo índice terapêutico (MBIT) - que contêm substâncias como ácido valproico, aminofilina e lítio - e os potencialmente perigosos (MPP) (anestésicos em geral) merecem monitoramento cuidadoso da dose e de seus efeitos clínicos.
"A margem de segurança para utilização dos MBIT ou MPP é pequena, portanto os erros de medicação, principalmente de dose e horário, são preocupantes, podendo causar sérios danos, principalmente em crianças e idosos", alertou.

Remédio no lugar errado
Além dos erros de tempo na administração dos medicamentos (77,3% dos erros), o estudo concluiu que erros de dosagem respondem por 14,4% dos casos, seguido de erros de vias de administração (6,1%), de medicamento não autorizado (1,7%) e de troca de paciente (0,5%).
Erros de vias de administração ocorrem quando o medicamento é dado por via errada. "Isso acontece, por exemplo, quando a prescrição indica que a administração deve ser por via intramuscular e o medicamento é aplicado por via intravenosa", disse Reis.
Já o erro de medicamento não autorizado pode ocorrer quando há troca de pacientes. "Geralmente ocorre quando há problemas na

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Síndrome do nódulo sinoatrial
A cada ano, centenas de milhares de pessoas em todo o mundo morrem de morte súbita de causas cardíacas - muitas delas jovens e em forma. Estima-se que cerca de 30% das mortes cardíacas repentinas ocorrem à noite, durante o sono.
Mas uma pesquisa pioneira, usando modelos computacionais e pesquisa experimental, poderá ajudar a salvar milhares dessas vidas.
A esperança vem na forma de um tratamento preventivo das pessoas com alto risco de um tipo de distúrbio do ritmo cardíaco, chamado síndrome do nódulo sinoatrial.

Mutação genética
O problema fatal ocorre quando a atividade do marcapasso natural do coração, o nó sinoatrial, apresenta algum problema. Mas o maior problema é que, até hoje, ninguém foi capaz de descobrir por que isso acontece.
Agora, a equipe do Dr. Henggui Zhang, da Universidade de Manchester, na Inglaterra, demonstrou como determinadas mutações genéticas e uma atividade específica do sistema nervoso podem se combinar para perturbar seriamente o ritmo normal do coração.
Isto significa que seria possível identificar as pessoas com maior risco de sofrer de morte súbita cardíaca, que afeta pessoas de qualquer idade, mas especialmente idosos saudáveis e atletas bem treinados.
Poderia então ser possível controlar o risco, usando medicamentos ou um marcapasso.

Morte súbita
A morte cardíaca súbita ocorre após uma perda abrupta da consciência, dentro de uma hora a partir do início dos sintomas agudos. Isto acontece muitas vezes durante a noite, quando a frequência cardíaca diminui drasticamente, o que impede qualquer tipo de socorro.
A forma de síndrome do nódulo sinoatrial estudada pela equipe não tem ligação com doenças cardíacas estruturais, mas com mutações genéticas que alteram uma proteína chamada SCN5A, ligada à geração da atividade elétrica do coração.
O problema cardíaco agudo, e fatal, pode ocorrer em pessoas de qualquer idade que possuam esta anomalia genética.
Usando medições experimentais do nó sinoatrial, em conjunto com modelos de computador extremamente detalhadas, o professor Zhang conseguiu simular a atividade elétrica do músculo cardíaco.

Parada cardíaca
A pesquisa, que durou 13 anos, mostrou que existe uma substância química presente no sistema nervoso que, em indivíduos saudáveis, retarda o ritmo cardíaco.
Mas, em pacientes com a síndrome, ela pode impedir totalmente a atividade elétrica, que se espalha por todo o coração, levando eventualmente à parada cardíaca.
Esses efeitos estão associados a mutações no gene que podem ser detectadas por exames.
"Antes, nós não sabíamos por que algumas pessoas com síndrome do nódulo sinoatrial morriam de repente, mas agora sabemos porque o risco pode aumentar durante a noite, durante o sono. Nossos resultados podem ser um passo importante rumo a formas de evitar isso," diz o Dr. Zhang.

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Ilha de Páscoa se prepara para acompanhar eclipse solar

Postado por gb domingo, 11 de julho de 2010 0 comentários

Estudiosos, fotógrafos e turistas se reúnem para ver fenômeno.
Apenas parte do hemisfério sul observará o eclipse neste domingo.

Estudiosos, fotógrafos e turistas já se preparam na Ilha de Páscoa para acompanhar neste domingo (11) um eclipse total do Sol. O fenômeno poderá ser observado em sua plenitude apenas para quer estiver em um raio com centro a 2.000 km da costa nordeste da Nova Zelândia.
Com a revolução da Lua ao redor da Terra, ocasionalmente o satélite se posiciona entre o planeta e o Sol, o que gera regiões de penumbra e sombra completa na superfície terrestre.

O fotógrafo francês Stephane Guisard prepara sua câmera para 
registrar o eclipse total do Sol que ocorrerá neste domingo (11). 
O fotógrafo francês Stephane Guisard prepara sua câmera para registrar o eclipse total do Sol que ocorrerá neste domingo (11). (Foto: Martin Bernetti /AFP)
 
Segundo dados do site Uranometria Nova, organizado por professores da Escola Municipal de Astrofísica em São Paulo, o território brasileiro deve ficar debaixo da penumbra durante o evento.
É o segundo evento impedindo a luz solar de chegar sem bloqueios à Terra neste ano de 2010. Durante o mês de janeiro, no dia 15, parte da Lua ficou entre a estrela e o planeta, gerando um eclipse anular, fenômeno tido como raro pelos especialistas.
Ocorre quando o satélite natural, mesmo à frente do Sol do ponto de vista de um observador em superfície terrestre, ainda permite a identificação de parte do disco solar.
A importância de eclipses solares para os astrônomos está na possibilidade de observar a coroa solar, camada mais externa da estrela, visível apenas quando o restante da luz interior está ofuscado.
É recomendável evitar a observação de eclipses solares sem proteção aos olhos.

 

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Sombra completa estará a quase 2 mil km da costa neozelandesa.
Astrônomos usam evento para observar camada mais externa do Sol.


Eclipse total do Sol será observado no próximo domingo (11) 
Eclipse total do Sol será observado no próximo domingo (Foto: Luc Viatour / Flickr - Creative Commons)
 
Um eclipse total do Sol ocorrerá no próximo domingo (11), porém o fenômeno deve ser observado em sua plenitude apenas para quer estiver em um raio com centro a 2000 km da costa nordeste da Nova Zelândia.
Equipes de estudiosos devem se descolar à remota ilha de Páscoa, a 3.700 quilômetros a oeste da costa chilena, para observar o fenômeno.
Com a revolução da Lua ao redor da Terra, ocasionalmente o satélite se posiciona entre o planeta e o Sol, o que gera regiões de penumbra e sombra completa na superfície terrestre.
Segundo dados do site Uranometria Nova, organizado por professores da Escola Municipal de Astrofísica em São Paulo, o território brasileiro deve ficar debaixo da penumbra durante o evento.
É o segundo evento impedindo a luz solar de chegar sem bloqueios à Terra neste ano de 2010. Durante o mês de janeiro, no dia 15, parte da Lua ficou entre a estrela e o planeta, gerando um eclipse anular, fenômeno tido como raro pelos especialistas.
Ocorre quando o satélite natural, mesmo à frente do Sol do ponto de vista de um observador em superfície terrestre, ainda permite a identificação de parte do disco solar.
A importância de eclipses solares para os astrônomos está na possibilidade de observar a coroa solar, camada mais externa da estrela, visível apenas quando o restante da luz interior está ofuscado.
É recomendável evitar a observação de eclipses solares sem proteção aos olhos.

 

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Células-tronco
Crédito: Cleide Souza / Lance-RJ

É fácil de encontrar algum conhecido que tenha esperança no potencial extraordinário dos tratamentos terapêuticos com células-tronco. O assunto é controverso mesmo no meio médico. Cientistas também não escapam da confusão, afinal são diversos tipos de células-tronco com diferentes aplicações. Simplesmente não dá pra saber tudo o que está acontecendo. Nessa situação, a sociedade sai perdendo, pois não tem acesso a informações atualizadas, não sabe quais os tratamentos disponíveis. Pior, fica sem saber se pode ou não confiar em tal clínica, quanto custa o tratamento ou se é realmente seguro e eficaz.
Células-tronco estão na mídia o tempo todo, mas a informação que chega até o paciente é pulverizada. Foi com a intenção de centralizar essas informações e facilitar a transmissão dos dados sobre tratamentos disponíveis a pacientes e profissionais de saúde que a Sociedade Internacional de Pesquisa com Células-Tronco (ISSCR, na sigla em inglês) lançou recentemente um portal de acesso para a comunicação dos avanços em células-tronco na área clínica
O ISSCR é uma sociedade internacional sem fins lucrativos cujo objetivo é a divulgação dos avanços na área de células-tronco. Participo da sociedade desde sua criação, em 2002, e sempre admirei a forma como é liderada, com uma mistura balanceada de cientistas, pacientes e clínicos. O lançamento desse portal ressalta a preocupação da ISSCR com a transmissão da informação ao público, de forma transparente e sem preconceito.
O portal é bem organizado, de fácil navegação e com linguagem leiga, acessível. A grande desvantagem para o público brasileiro é que a página não tem tradução para o português. Por outro lado, as vantagens são muitas. Além de listar diversas informações úteis e vídeos de cientistas discutindo terapias, oferecidos através de um sistema de busca simples, o portal é interativo e permite a avaliação independente de clínicas em qualquer lugar do globo que ofereçam tratamentos com células-tronco.
O paciente que considera um tratamento é auxiliado na avaliação do método e da clínica que o oferece. Uma série de questões são sugeridas para o paciente perguntar ao médico sobre o procedimento. Talvez mais importante seja a ferramenta que permite recomendar uma clínica para uma revisão científica e médica rigorosa feita pela ISSCR. O órgão vai avaliar a base cientifica, o procedimento clínico, as condições, os profissionais e a eficácia do tratamento, confirmando ou não se existe fraude envolvida.
O protocolo de avaliação levará alguns meses e será padrão. O comitê é formado por membros internacionais, evitando qualquer tipo de preconceito contra o tratamento oferecido. A ISSCR preferiu seguir esse procedimento ao invés de apenas listar as clínicas que considera de baixa qualidade, o que poderia ser algo certamente tendencioso. O racional da avaliação e o protocolo a ser utilizado foi publicado recentemente por um grupo multidisciplinar (Taylor e colegas, Cell Stem Cell 2010). A ideia é evitar que as clínicas se aproveitem do desespero do paciente, cobrando por um tratamento não provado ou ainda experimental. Todos os resultados serão publicados online. Acredito que, com o tempo, as próprias clínicas (pelo menos as mais sérias) vão fazer questão de ser validadas pela ISSCR, ganhando um selo de confiança e atraindo mais clientes.
Achei a idéia da avaliação internacional fantástica, pois permite que clínicas fora dos EUA ou Europa, que não sofrem com a lentidão dos padrões altamente rigorosos dos órgãos de saúde (o FDA americano e EMA europeu), de conseguir atrair atenção mundial com tratamentos efetivos, mas que sofriam preconceitos. Isso deve fortalecer a imagem da pesquisa clínica desses países, levando a publicações em revistas de alto impacto, por exemplo. A meu ver, ótima oportunidade para o Brasil.
Outra parte sensacional desse portal é dedicada ao processo de geração do conhecimento científico que leva a um protocolo clínico. Nessa seção, intitulada de “How science becomes medicine”, está descrito em detalhes e com linguagem clara quais são os passos que a ciência tem que seguir para descobrir e confirmar a eficácia de um tratamento.
As células-tronco exercem hoje um papel único na história da medicina. Pacientes desesperados pela cura, depositam todas as esperanças em tratamentos derivados das pesquisas com células-tronco. A dura realidade é que, salvo algumas doenças sanguíneas, as células-tronco não “curaram” nada até agora. O sonho da cura não pode ameaçar a qualidade da ciência. As direções a seguir no futuro só devem ser decididas pelos resultados gerados nos laboratórios e não por sonhos. A ciência é a única atividade humana que poderá transformar esperanças em realidade.

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Antígenos VRCO1 e VRCO2 parecem muito promissores.
Eles impedem a infecção de células em mais de 90% das variedades do HIV.

Cientistas descobriram dois poderosos anticorpos capazes de bloquear, em laboratório, a maioria das cepas conhecidas do vírus da inumodeficiência humana adquirida (HIV), abrindo potencialmente o caminho para uma vacina eficaz contra a Aids, segundo trabalhos publicados esta quinta-feira.
Mais de 25 anos depois da identificação do vírus HIV, responsável por quase 30 milhões de mortes no mundo, a busca por uma vacina contra a infecção continua infrutífera, apesar dos grandes esforços da comunidade internacional e dos recursos empregados.
Mas estes dois antígenos, batizados de VRCO1 e VRCO2, parecem muito promissores, pois impedem a infecção de células humanas em mais de 90% das variedades do HIV em circulação, e com uma eficácia sem precedentes.
Os autores destes trabalhos, publicados na edição de 9 de julho da revista científica americana "Science", desmontaram também o mecanismo biológico através do qual estes anticorpos bloqueiam o vírus.
"A descoberta desses antígenos de poderes excepcionalmente amplos de neutralização do HIV e a análise que explica como operam representam avanços animadores para se descobrir uma vacina capaz de proteger de forma ampla contra o vírus da Aids", comemorou o doutor Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional Americano de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID).
"Além disso, a técnica a que as equipes de pesquisa recorreram representa uma nova abordagem que poderia ser aplicada à concepção e ao desenvolvimento de vacinas contra muitas outras doenças infecciosas", acrescentou, em um comunicado.
Estes virologistas descobriram dois anticorpos, produzidos naturalmente pelo organismo, no sangue soropositivo.
Eles conseguiram fazer seu isolamento usando uma nova ferramenta molecular, uma das proteínas que formam o HIV, que os cientistas modificaram para que se fixasse em células específicas que produzem os anticorpos que neutralizam o HIV.
Esta proteína foi programada para reagir exclusivamente nos anticorpos específicos onde o vírus se une às células no organismo humano que infecta.
Depois destas descobertas, os cientistas começaram a desenvolver componentes de uma vacina que pode ensinar ao sistema imunológico humano a produzir grandes quantidades de anticorpos similares aos antígenos VRC01 e VRC02.
"Aproveitamos nossa compreensão da estrutura do HIV, neste caso de sua superfície, para afinar nossas ferramentas moleculares que permitem ir diretamente no ponto fraco do vírus e nos guiar na escolha de anticorpos que se unem especificamente a este ponto e o impedem de infectar as células humanas", explicou o doutor Gary Nabel, do NIAID, que codirigiu as duas equipes de cientistas em várias universidades, como a faculdade de Medicina de Harvard (Massachusetts, leste dos EUA).
Encontrar anticorpos capazes de neutralizar cepas de HIV em todo o mundo foi, até agora, muito árduo, já que o vírus muda constantemente as proteínas que recobrem sua superfície para escapar da detecção do sistema imunológico, destacam os autores destes trabalhos.
Esta capacidade de mutação rápida resultou em um grande número de variações do HIV, mas os virologistas puderam detectar alguns pontos na superfície do vírus que permanecem constantes nas cepas, como as que unem os anticorpos VRCO1 e VRCO2.

 

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Água tem efeito no controle da pressão saguínea, diz estudo

Postado por gb quinta-feira, 8 de julho de 2010 0 comentários

Pesquisa foi realizada por equipe da Vanderbilt University.
Líquido também ajuda a evitar desmaios após doação de sangue em 20%.

Efeitos da água no organismo afetam sistema nervoso 
simpático, segundo estudo 
Efeitos da água no organismo afetamsistema nervoso simpático, segundo estudo (Foto: Reprodução)
 
Cientistas da Vanderbilt University afirmam que a água comum, sem aditivos, possui influência no controle da pressão sanguínea.
Segundo o estudo do centro médico da universidade, o líquido teria efeitos fisiológicos como o aumento da atividade do sistema nervoso simpático, responsável por algumas funções do corpo humano como a regulação do gasto de energia e o estado de alerta.
A pesquisa foi desenvolvida por Julia McHugh, uma estudante da instituição, com o uso de macacos. O objetivo era o de desvendar onde e como a água atuava no corpo. Após administrar água comum diretamente no estômago e no duodeno dos animais, a equipe de McHugh descobriu que o líquido aumenta a pressão sanguínea.
Uma solução salina também foi aplicada para efeito de comparação. Os resultados, porém, não foram os mesmos, o que levou os pesquisadores a descartarem o efeito da constrição dos tecidos no experimento. Os dados foram publicados na edição de junho da publicação norte-americana Hypertension.
Há dez anos, o professor de medicina, farmacologia e neurologia David Robertson descobriu a capacidade da água em aumentar a pressão sanguínea, utilizando pacientes com problemas nos reflexos coordenados por barorreceptores - responsáveis por manter a pressão sanguínea em níveis normais.
Outro benefício do consumo do líquido estaria na redução de 20% nos desmaios de doadores de sangue, conforme aponta estudo solicitado pela Cruz Vermelha norte-americana com base nas descobertas de equipe de Robertson. A quantidade de água bebida pelos voluntários no estudo é 473 ml, pouco mais que uma lata de refrigerante.

 

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Britânica de 14 anos é alérgica a nozes e beijou namorado após ele comer cereais com avelãs.

A britânica Laura Kucic. 
A britânica Laura Kucic. (Foto: Divulgação)
Uma adolescente britânica de 14 anos do condado de Bedfordshire, na Inglaterra, que tem alergia a nozes teve de ser hospitalizada após beijar seu namorado, que tinha comido cereais que continham avelãs.
Um vestígio de avelã entrou no sistema digestivo de Laura Kukic na escola e em poucos minutos seu rosto inchou e ela ficou com dificuldades de respirar, sintomas típicos de quem sofre um choque anafilático.
Funcionários de um hospital para onde ela foi levada deram uma injeção de adrenalina para a adolescente, que se recuperou totalmente e voltou para casa.
A experiência a motivou a alertar outros adolescentes que tenham o mesmo problema que beijar pode ser perigoso.
"Quem adivinharia que um rápido beijo nos lábios pudesse ser tão perigoso?", disse Kukic.

Beijo
O incidente ocorreu no mês passado, após a adolescente ter encontrado seu namorado antes de ir à aula na escola Harlington Upper School.
"Foi apenas um beijo amigável para dizer 'oi'. Nada fora do comum, nada apaixonado, apenas um breve toque de lábios", disse.
Kukic foi diagnosticada com grave alergia quando tinha três anos de idade e tem de andar sempre com seu autoinjetor de adrenalina (conhecido como EpiPen) para onde for.
Sua alergia é tão forte que qualquer contato com nozes, por menor que seja, pode gerar uma reação severa.
Seu rosto incha, sua garganta fecha e é difícil para ela respirar.
"Eu não tinha percebido nada, mas meu namorado pôde ver meu rosto inchando, a ponto de minha cabeça parecer nitidamente maior."
"Aí ele disse: 'Comi cereais com avelãs, mas isso foi há cerca de uma hora, e eu escovei meus dentes e tomei algo, com certeza não vai ter problema.'"
"Aí ele disse: 'Sua cabeça parece estar mais gorda, com certeza você não pode ser tão sensível.'"
Kukic notou que após beijá-lo também tomou um gole de sua lata de refrigerante, que pode ter sido também contaminada com um pequeno vestígio de avelã.

 

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Libido feminina cresce com chegada da menopausa, diz pesquisa

Postado por gb quarta-feira, 7 de julho de 2010 0 comentários

Psicólogos norte-americanos realizaram estudo com 827 mulheres.
Questionário online continha questões sobre comportamento sexual.

Libido aumenta conforme menopausa se aproxima, aponta 
pesquisa 
Libido aumenta conforme menopausa se aproxima, aponta pesquisa (Foto: Guillermo Ossa)
 
Pesquisa realizada por equipe de psicologia da Universidade de Texas divulgada nesta quarta-feira aponta que mulheres têm a libido aumenta conforme os anos passam rumo à menopausa.
Os psicólogos consultaram 827 mulheres com perguntas sobre comportamento sexual, respondidas em questionários online. As entrevistadas foram divididas em três grupos: alta fertilidade (18 a 26 anos), baixa fertilidade (27 a 45 anos) e menopausa (acima de 46 anos).
Comparadas com os outros dois grupos, mulheres na faixa de baixa fertilidade são mais propensas a conceber e praticar fantasias sexuais, manter relações causais e encontros de uma só noite com outros parceiros, segundo o estudo.
Já entre mulheres com relacionamentos duradouros, as de baixa fertilidade apresentam propensão menor a fantasias com outras pessoas do que o grupo de alta fertilidade, resultado contrário ao que esperavam os pesquisadores.
"Os resultados provam que as mulheres não ficam loucas para ter bebês quando chegam aos 30 anos, o que acontece é uma reação natural à diminuição da fertilidade em todas as mulheres acima desta idade", explica Judith Easton, integrante da equipe de pesquisadores da Universidade de Texas.
Partindo de um ponto de vista evolucionário, os pesquisadores acreditam que a mudança na libido com a passagem dos anos tem origem em mecanismos psicológicos desenvolvidos como adaptações das humanas ao meio ambiente, após a passagem de milhares de anos.

 

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Revelação traz pistas sobre reprodução de espécie do fundo do mar.

Pênis da lula, ereto, tem 67 centímetros, quase o mesmo 
tamanho do animal 
Pênis da lula, ereto, tem 67 centímetros, quase o mesmo tamanho do animal (Foto: Alexander Arkhipkin via BBC)
Cientistas britânicos revelaram pela primeira vez detalhes da vida reprodutiva de lulas que vivem no fundo do mar depois da descoberta de uma lula macho com um pênis ereto quase do tamanho do corpo do animal.
Segundo um artigo publicado na revista especializada "Journal of Molluscan Studies", os cientistas descobriram que o órgão injeta pequenos "pacotes" de espermatozoides no corpo da fêmea.
O biólogo marinho e especialista em peixes de águas profundas Alexander Arkhipikin, do departamento de pesca do governo das Ilhas Malvinas, disse que o animal foi capturado durante um cruzeiro de pesquisa.
"A lula adulta foi recolhida durante um cruzeiro de pesquisa em uma área da Patagônia. Tiramos o animal da rede, ele estava moribundo, com braços e tentáculos ainda se movendo, e cromatóforos na pele se contraindo e expandindo", disse ele à BBC.
"Quando abrimos o manto da lula para avaliar sua idade, testemunhamos um fato incomum."
"O pênis da lula, que havia se estendido apenas um pouco além da margem do manto, de repente se tornou ereto e se alongou rapidamente até um total de 67 centímetros, quase o mesmo tamanho do animal."
A agitação sexual do molusco pegou os cientistas de surpresa, mas sua ocorrência ajudou a resolver o mistério de como as lulas se reproduzem no fundo do mar.

Reprodução
Os biólogos possuem mais conhecimento sobre como os cefalópodes de águas rasas se reproduzem - o grupo inclui polvos, alguns tipos de lula e a sépia.
A parte mais característica do corpo dos cefalópodes é a estrutura fechada parecida com um capuz chamada de manto, que forma a maior parte do que parece ser o corpo e a cabeça dos animais.

Parte mais característica do corpo dos cefalópodes é a 
estrutura fechada parecida com um capuz chamada de manto 
Parte mais característica do corpo dos cefalópodes é a estrutura fechada parecida com um capuz chamada de manto (Foto: Alexander Arkhipkin via BBC)
Eles usam o manto para se mover por um mecanismo de propulsão e precisam ventilá-lo para respirar. O manto ainda protege e esconde seu sistema de excreção e os órgãos sexuais.
Sua forma física, no entanto, representa um desafio para os cefalópodes machos: como transportar o sêmen para fora do manto e como mante-lo dentro da cavidade das fêmeas, tendo em vista a movimentação de água dentro do manto para que elas possam se mover e respirar?
Os cefalópodes de água rasa desenvolveram um braço especial para fazer o serviço. Eles têm pênis curtos, que produzem os "pacotes" de espermatozoides - chamados espermatóforos - e um de seus oito braços é modificado para transferi-lo para o receptáculo especial da fêmea.
Esses receptáculos normalmente são localizados na pele, ou na cavidade interna da fêmea.
Sabia-se que as lulas de água profunda usavam um método mais primitivo, que envolvia, de alguma forma, a transferência dos espermatozoides para o corpo da fêmea.
Mas os biólogos não tinham ideia de como esse processo era realizado, já que as lulas de água profunda não têm braços modificados.
"A gente tinha apenas suspeitas de como isso poderia ocorrer em águas profundas", disse Arkhipkin. Até hoje, acreditava-se que elas lançavam os espermatóforos à distância, para que alcançassem as fêmeas.
Mas a pesca da lula da espécie Onykia ingens revelou a resposta.
"Obviamente, um pênis fortemente alongado é a solução", disse o biólogo.
Com o órgão, a lula macho chega até o corpo da fêmea e injeta os espermatozoides diretamente, para evitar que ele seja levado pela água.
Os cientistas, no entanto, ainda não sabem como esse espermatozoide chega até o órgão reprodutor da fêmea.
Até hoje, pouquíssimos espécimes de lulas gigantes (Architeuthis dux), ou de seu parente ainda maior, a lula colossal (Mesonychoteuthis hamiltoni), foram vistos ou recolhidos do mar.
Para Arkhipkin, é provável que estas se reproduzam de forma semelhante à lula capturada.

 

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Medições confirmam previsão feita por estudiosos há 40 anos.
Trabalho foi divulgado na revista norte-americana 'Nature'.


Reprodução artística de átomo, cujo próton teve tamanho 
reduzido em 4%, segundo estudo 
Concepção artística de átomo, cujo próton teve tamanho reduzido em 4%, segundo estudo (Crédito: Miroslav Kostic)
 
O próton, uma das partículas fundamentais à construção da matéria no Universo, teve o volume reduzido em 4% de acordo com estudo de equipe de 32 cientistas coordenada por Randolf Pohl, do instituto alemão Max Planck.
Divulgado na revista Nature nesta quarta-feira (7), o trabalho lança um desafio à teoria da eletrodinâmica quântica, um dos alicerces da ciência atual, utilizada para explicar a interação entre luz e matéria.
O desejo da equipe de Pohl era confirmar uma previsão feita por estudiosos há 40 anos, somente possível de ser checada com a tecnologia disponível atualmente. O experimento é 10 vezes mais preciso do que qualquer outro já tentado.
Para fazer a medição, a comunidade científica sempre se valeu do atómo de hidrogênio, composto por um elétron e um próton. Ao adicionarem uma partícula conhecida como múon negativo, os cientistas obtiveram um material capaz de sondar o tamanho do próton com maior precisão.
Caso o estudo seja corroborado por experimentos posteriores, projetos como o do superacelerador de partículas CERN, na Suíça, precisariam considerar a diferença no volume da próton nos estudos para definir o Modelo Padrão, relação de partículas que compõem o Universo.

 

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