Followers

Tecnologia do Blogger.

You can replace this text by going to "Layout" and then "Page Elements" section. Edit " About "

Sonhar ajuda na aprendizagem e melhora a memória

Postado por gb sexta-feira, 30 de julho de 2010 0 comentários

 http://www.diariodasaude.com.br/news/imgs/sonho-aprendizagem.jpg

Sonhar com a escola
Sonhar um pouco sobre as matérias que estão estudando para prestar uma prova importante na escola pode ajudar os estudantes a terem um bom desempenho no teste.
Mas se não sonharem nada ou muito sobre o que estão aprendendo nas noites que antecedem o exame, o resultado pode ser exatamente o inverso e provocar o temido "branco" ou "apagão" da memória.
Esta é a conclusão de pesquisadores do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS) por meio de experiências inusitadas.

Jogo Doom
Em 2007, os neurocientistas do Instituto dirigido pelo brasileiro Miguel Nicolelis iniciaram uma pesquisa com 22 apreciadores do popular e controverso videogame Doom, em que o jogador é transformado em um fuzileiro espacial e precisa exterminar criaturas bizarras, como monstros e zumbis.
Durante a experiência, os pesquisadores observaram que os jogadores que não sonharam ou sonharam muito com o jogo nas noites que passaram no laboratório, ligados a um aparelho de eletroencefalograma, foram mal no jogo. Já as que sonharam um pouco sobre ele apresentaram um desempenho melhor.
"Observamos que houve uma relação direta entre os sonhos e a performance dos jogadores", afirma o neurocientista e chefe de laboratório do IINN-ELS, Sidarta Ribeiro. "À medida que sonhavam com o jogo, eles jogavam melhor. Mas se sonhavam muito com ele e ultrapassavam um determinado limite de sonho jogavam mal", diz.

Processo de sono-aprendizagem
De acordo com Ribeiro, o estudo, que está quase pronto para publicação, não demonstra categoricamente que o sonho melhora a aprendizagem. Mas sugere que ambos estão fortemente relacionados e ajuda a elucidar o papel desempenhado especificamente pelo sonho no processo de sono-aprendizagem.
Até hoje o que se sabia é que o sono pode ajudar na aprendizagem e melhorar a memória, e que a maioria das pessoas sonha durante a fase do sono leve, ou REM, que é a melhor para recordação de memórias e é caracterizada pelo rápido movimento dos olhos.
"A ideia que estamos trabalhando é que o sonho é um processamento da memória", revela. "Se nós prestarmos atenção no nosso dia-a-dia, quando temos um nível de estresse baixo e sonhamos moderadamente, retemos mais memória. Mas se ficamos muito estressados e não sonharmos, o resultado é exatamente o oposto", compara.

Sonhos violentos
O especialista explica que escolheram um jogo tão violento como o Doom para realizar a pesquisa porque os próprios sonhos têm um contexto violento e guardam uma relação antropológica com os nossos ancestrais mais longínquos que, ao acordarem, tinham que matar ou morrer.
"Nós não podíamos pegar uma situação da vida de um sujeito comum de hoje para realizar a pesquisa", conta Ribeiro. "Tentamos replicar uma situação de risco de predação vivida pelos nossos ancestrais para expor os participantes da pesquisa a uma situação de estresse".
Em outro experimento que será realizado no IINN-ELS, os participantes serão divididos em dois grupos em outro jogo de videogame, em que primeiro representará a caça e o segundo o caçador. Os pesquisadores esperam que haja uma divergência nos sonhos e no desempenho dos participantes de acordo com o papel exercido por eles no jogo. A suposição é que os "predadores" se estressarão menos e, consequentemente, reterão mais memória e jogarão melhor do que os "caçados".

| edit post

 http://www.diariodasaude.com.br/news/imgs/cola-nervos.jpg

Terapia celular
Corrigir lesões do sistema nervoso ainda é um desafio para a medicina.
Compreender o rearranjo dos circuitos neurais provocado por essas lesões pode ser um passo fundamental para otimizar a sobrevivência e a capacidade regenerativa dos neurônios motores e restabelecer os movimentos dos pacientes.
A partir de investigações sobre esses mecanismos de rearranjo dos circuitos nervosos, um grupo de cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está desenvolvendo um modelo inovador que associa terapia celular ao reimplante das raízes nervosas.

Veneno de cobra e células-tronco
Para restabelecer a conexão entre o sistema nervoso periférico e o central, os pesquisadores utilizam células-tronco mononucleares de medula óssea e uma "cola" desenvolvida a partir do veneno de serpentes.
"Após lesão no sistema nervoso - periférico ou central -, ocorre um rearranjo considerável dos circuitos neurais e das sinapses. Entender esse rearranjo é importante para determinar a sobrevivência neural e a capacidade regenerativa posterior", disse Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira, coordenador do projeto.
Para estudar os mecanismos de regeneração, os cientistas utilizam técnicas que unem microscopia eletrônica de transmissão, imuno-histoquímica, hibridação in situ e cultura de células gliais e neurônios medulares.
"Procuramos associar a terapia celular ao reimplante das raízes nervosas. Para isso, temos usado células-tronco mesenquimais e mononucleares no local da lesão ou nas raízes reimplantadas. A ideia não é repor neurônios, mas estimular troficamente essas células e evitar a perda neural, de modo a conseguir otimizar o processo regenerativo", disse.

Cola de veneno de jararaca
O projeto mais recente do grupo envolve o uso de um selante de fibrina - uma proteína envolvida com a coagulação sanguínea -, produzido a partir de uma fração do veneno de jararaca pelo Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu.
"Os axônios dos neurônios motores saem da medula espinhal e entram na raiz nervosa, dirigindo-se aos nervos. O nosso modelo emprega essa 'cola' biorreabsorvível para reimplantar as raízes nervosas na superfície da medula, onde o sistema nervoso periférico se conecta ao sistema nervoso central. Associamos essa adesão às células-tronco, que produzem fatores neurotróficos - isto é, moléculas proteicas capazes de induzir o crescimento e a migração de expansões das células neurais", explicou Oliveira.
Quando as raízes motoras são arrancadas, cerca de 80% dos neurônios motores morrem duas semanas após a lesão. Mas os motoneurônios que sobrevivem têm potencial regenerativo após o reimplante de raízes nervosas.
"Porém, na maioria das vezes, o reimplante das raízes não é suficiente para se obter um retorno da função motora, porque a lesão causa uma perda neuronal grande demais. Por isso, é preciso desenvolver estratégias para diminuir a morte neuronal após a lesão. Achamos que o uso do selante de fibrina pode auxiliar nesse processo", indicou.
Segundo Oliveira, quando há uma lesão periférica - comum em acidentes de trabalho, por exemplo -, com transecção ou esmagamento de nervos, ocorre uma resposta retrógrada, isto é, uma reorganização sináptica visível na medula espinhal, onde se encontram os neurônios.
"O interessante é que, quando a lesão é periférica, o neurônico sinaliza de alguma forma para a glia - o conjunto de células do sistema nervoso central que nutrem os neurônios -, que se torna reativa. Essa reatividade está envolvida no rearranjo sináptico por meio de mecanismos ainda pouco conhecidos. Nosso objetivo é compreender e otimizar esse processo de rearranjo sináptico para, futuramente, criar estratégias capazes de melhorar a qualidade da regeneração neuronal", afirmou.

Esclerose múltipla
No laboratório da Unicamp, os cientistas induzem em ratos e camundongos doenças como a encefalomielite autoimune experimental - que é um modelo para estudar a esclerose múltipla. Após a indução de uma forma aguda da doença, os animais apresentam todos os sinais clínicos, tornando-se tetraplégicos de 15 a 17 dias após a indução.
"Por outro lado, eles se recuperam da tetraplegia muito rapidamente, entre 72 e 96 horas. O rearranjo sináptico induzido pela inflamação é tão grande que paralisa completamente a funcionalidade tanto sensitiva como motora, mas de forma transitória", disse Oliveira.
No entanto, a esclerose múltipla destrói a bainha de mielina, uma substância que isola as terminações dos nervos e garante o funcionamento dos axônios. Segundo Oliveira, porém, essa bainha se recupera em surtos temporários: em alguns momentos há desmielinização; em outros, o sistema imune fica mais ativo e a bainha de mielina se recompõe.
"O paradoxal é que, mesmo que a remielinização não tenha se completado, o animal volta a andar normalmente. Nossa hipótese é que, com a mielinização, ocorre um rearranjo sináptico que mimetiza uma lesão, como uma transecção. Transitoriamente, os neurônios param de funcionar. Quando a inflamação cede, as sinapses retornam muito rapidamente. Em algumas horas a função é retomada e os sinais clínicos vão desaparecendo", disse.

Lesão da medula
Além do modelo da esclerose múltipla, os cientistas trabalham também com um modelo de lesão periférica dos nervos e na superfície da medula espinhal.
"Quanto mais perto da medula ocorre a lesão, mais grave a lesão em termos de morte neuronal. Todas são graves, mas aquela que ocorre perto da medula causa perda neuronal e aí não há perspectiva de recuperação. Mesmo com as vias íntegras, o neurônio que conecta o sistema central com o músculo morre e nunca mais haverá recuperação", explicou o professor da Unicamp.
"Tanto no animal como no homem, ocorre uma perda grande de neurônios, mas a pequena porcentagem que resta - em torno de 5% - consegue se regenerar. No homem, entretanto, há uma demora de mais de dois anos para que se recupere alguma mobilidade. No rato, a mobilidade é recuperada em três ou quatro meses", disse.
"Uma vez que isso foi descoberto, começou-se a tentar reimplantar as raízes, desenvolvendo estratégias cirúrgicas e tratamentos com drogas que evitem a morte neuronal nesse período em que há desconexão. Essa parece ser a saída mais promissora para evitar a perda neuronal e otimizar a regeneração", afirmou.

| edit post

Terceira causa de morte, suicídio é negligenciado no Brasil

Postado por gb segunda-feira, 26 de julho de 2010 0 comentários

 http://www.diariodasaude.com.br/news/imgs/suicidio.jpg

Não salvem só as baleias
Se a cada dia cinco baleias aparecessem mortas nas praias, certamente o fato mereceria as capas dos jornais.
Tristemente, de acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde, 9.090 pessoas chegaram ao suicídio no Brasil em 2008, o que corresponde a 25 mortes diárias.
Mas pouca atenção tem sido dada ao assunto.
A comparação com as baleias nasceu em uma campanha de prevenção de suicídio australiana, que em vez de "save the whales", usou o trocadilho "save the males", referindo-se aos cinco homens que, diariamente, matam-se naquele país.

Suicídio
A crítica ao ofuscamento do suicídio são de Neury José Botega, professor titular do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A falta de atenção ao assunto, somada a preconceitos e a ideias errôneas, tem agravado a situação que já se apresenta como um problema de saúde pública, de acordo com o pesquisador.
Atitudes simples como maior atenção durante tratamentos hospitalares podem salvar centenas de vidas, segundo Botega.
"Os números são apenas a ponta do iceberg, pois, para cada suicídio, estima-se que haja pelo menos 20 tentativas. E, para cada caso de tentativa que atendemos no hospital, outras cinco pessoas, na comunidade, estão planejando e 17 estão pensando seriamente em pôr fim à vida", diz o pesquisador.
Esses dados estão no artigo Prevalências de ideação, plano e tentativa de suicídio: um inquérito de base populacional em Campinas (SP) publicado na revista Cadernos de Saúde Pública (CSP) da Fundação Oswaldo Cruz.

Pensar em suicídio
Ao visitar 600 residências distribuídas em estratos sociais diversos, o grupo de pesquisa de Botega descobriu que o problema é mais amplo do que se imaginava. O estudo levantou que quase um quinto das pessoas visitadas já pensou seriamente em suicídio ao longo da vida.
Para os pesquisadores, essa proporção deve se repetir em outros grandes centros. São números que não aparecem nos dados oficiais. "Basta dizer que apenas uma em cada três tentativas de suicídio recebe atendimento médico," disse.
No artigo, os pesquisadores alertam que a escassez de dados é um agravante, uma vez que implica menor conscientização dos clínicos e dos gestores de saúde pública em relação ao impacto do comportamento suicida nos serviços da área.
Em 97% dos casos, segundo vários estudos internacionais, o suicídio é um marcador de sofrimento psíquico ou de transtornos psiquiátricos. Em ambos são necessários profissionais de saúde treinados para detectar e tratar adequadamente o paciente durante uma passagem hospitalar, mesmo que essa se efetue por outras razões, como alguém que foi internado por acidente de trânsito, por exemplo.

Maiores riscos de suicídio
Segundo trabalhos realizados pelo grupo de Botega, gravidez na adolescência é um dos casos que exigem maior atenção de médicos e enfermeiros, uma vez que um estudo apontou que adolescentes grávidas possuem três vezes mais chances de tentar suicídio.
Outros estudos demonstraram que os riscos também são maiores com pacientes que sofrem de epilepsia e com pessoas que dependem do álcool. O que não quer dizer que outros casos também não devam ser considerados, segundo os pesquisadores.
O professor da Unicamp se baseia em dados de estudos que tem coordenado, como "Epilepsia e comportamento suicida na comunidade: um estudo de caso-controle", realizado de 2006 a 2008, e "Estudos de intervenção breve oportuna no hospital geral", realizado entre 2007 e 2009, ambos com apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa - Regular.

Disque Vida
Botega conta que o receio de induzir ao suicídio, ou de ter de carregar uma grande responsabilidade, inibe a maioria dos profissionais de saúde de perguntar ao paciente se ele já pensou no assunto. "É uma ideia errônea. Perguntar sobre suicídio é fundamental para o encaminhamento a um tratamento adequado", disse.
Além do treinamento adequado dos profissionais de saúde, Botega defende programas simples que podem evitar mortes. O acompanhamento telefônico de pacientes é um deles e sua eficácia foi comprovada no "Estudo multicêntrico de intervenção no comportamento suicida (Supre-Miss), da Organização Mundial da Saúde (OMS)", realizado entre 2003 e 2005.
Inserido em um estudo internacional da OMS, a equipe de Botega conseguiu reduzir em dez vezes a taxa de suicídio entre pessoas que já haviam tentado se matar. O tratamento consistiu apenas em acompanhar os pacientes por meio de ligações telefônicas periódicas.

Luz sobre o suicídio
Informar e sensibilizar a sociedade sobre o problema é outra atitude fundamental, de acordo com Botega. "Tirar o suicídio da penumbra é fundamental, é preciso uma comunicação ampla e responsável sobre o assunto", afirmou.
Com esse objetivo, a equipe de pesquisa da Unicamp publica materiais de divulgação, como folhetos e cartazes, dirigidos tanto a especialistas como ao público em geral, procurando desmistificar o assunto e abordá-lo de maneira aberta.
Segundo Botega, o suicídio não recebe a devida importância no Brasil, mas ocupa o terceiro lugar entre os óbitos não naturais, ficando atrás dos acidentes de trânsito (com quatro vezes mais mortes) e dos homicídios (seis vezes mais).

Suicídios no Brasil
O Brasil apresenta menos de 6,5 suicídios para cada 100 mil habitantes, o que o deixa entre os países com as menores taxas mundiais. Na maioria dos países europeus, por exemplo, esse número é de mais de 13 mortes para o mesmo número de habitantes.
"O que não quer dizer que a quantidade desse tipo de morte seja pequena por aqui", disse Botega, "por sermos um país populoso e, também, porque as taxas de suicídio, em algumas regiões e grupos populacionais, se aproximam das mais elevadas do planeta".
Educação permanente de profissionais de saúde, sensibilização e informação da sociedade e aplicação de programas eficazes de prevenção ao suicídio baseados em estudos científicos são, segundo o pesquisador, a chave para salvar muitas vidas no Brasil.

| edit post

http://www.diariodasaude.com.br/news/imgs/hepatite-e.jpg

Tipos de hepatite
A hepatite é uma doença inflamatória que atinge o fígado e compromete o desempenho de suas funções podendo evoluir, conforme a gravidade do caso, para cirrose ou câncer.
A hepatite pode possuir etiologia (causa da doença) viral, tóxica ou autoimune. A doença pode se apresentar de forma aguda (autolimitada e raramente fulminante) ou evoluir para cronicidade.
As hepatites mais comuns são de origem viral e causadas pelos vírus A, B, C, Delta e E. As hepatites B, C e D podem ser transmitidas principalmente por via sexual, vertical (mãe-filho) e parenteral.
No caso das hepatites A e E, a principal via de contágio é fecal-oral, por meio da ingestão de água e alimentos contaminados. Neste conjunto, a hepatite E vem merecendo especial atenção dos pesquisadores.

Hepatite E
Para investigar a presença da hepatite E no Brasil, 64 amostras sorológicas de pacientes com hepatite aguda sem etiologia definida (ou seja, com agente causador desconhecido) foram selecionadas pelo Grupo de Atendimento para Hepatites Virais do Laboratório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
Este material, coletado entre 2004 e 2008, foi submetido a testes sorológicos e moleculares no Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia do IOC.
As análises possibilitaram o diagnóstico laboratorial do vírus E (HEV, na sigla em inglês) em um dos pacientes acometidos pela forma aguda da hepatite.
Anticorpos específicos da classe IgG (anti-HEV) para este vírus já haviam sido encontrados em diferentes grupos populacionais no Brasil, indicando um contato anterior destas pessoas com o HEV, mas, até então, nenhum caso de hepatite E aguda havia sido registrado.
A pesquisa está descrita no artigo First report of a human autochtonous hepatitis E virus infection, publicado no periódico científico Journal of Clinical Virology.

Vírus da hepatite E no Brasil
"Os estudos sobre a hepatite E no Brasil ainda são muito recentes se compararmos com os de doenças causadas por outros vírus", afirma Débora Regina Lopes dos Santos, uma das autoras do artigo.
"O que se observa ao longo da história é que as regiões consideradas não endêmicas, como o Brasil, apresentam evidências sorológicas quando são realizados estudos de prevalência, indicando que uma possível razão desta alta prevalência para a hepatite E seja a manutenção do vírus em reservatório animal", declara Débora.
Segundo ela, há pesquisas no mundo que detectaram a existência do HEV em animais, principalmente em suínos, mas ela destaca que a transmissão zoonótica por meio de contato direto com animais ou consumo de carne infectada ainda está sob investigação. "Um estudo realizado no Japão comparou a sequência nucleotídica do vírus encontrado em um paciente infectado com o HEV detectado em amostras de fígado de porco consumido pelo paciente. Observou-se que as sequências eram similares", relata.
Os pesquisadores afirmam que a provável transmissão do vírus para humanos por via zoonótica pode contribuir para a presença dos anticorpos anti-HEV na população brasileira. No entanto, segundo o estudo, ainda é necessária a caracterização molecular dos vírus encontrados em casos autóctones no Brasil para investigar esta possibilidade.

Vírus suíno
No trabalho publicado no Journal of Clinical Virology, a amostra do paciente demonstrou estar relacionada a outra amostra de suíno, caracterizada em outro estudo realizado pelo grupo em colaboração com a Universidade Federal do Mato Grosso e com o pesquisador do Laboratório de Neurovirulência de Biomanguinhos (LANEU - BioManguinhos / Fiocruz), Renato Sérgio Marchevsky.
De acordo com Marcelo Alves Pinto, chefe do Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia do IOC e coordenador da pesquisa, um dos objetivos do estudo é chamar a atenção das instituições de saúde pública para a possibilidade de haver mais casos não diagnosticados laboratorialmente e, portanto não notificados, permanecendo fora das estatísticas do Ministério da Saúde.
"Se pensarmos em termos de saúde pública, a gravidade desta doença pode não ser evidente, mas o papel de uma instituição de pesquisa comprometida com o binômio saúde/sociedade é dar um retorno ao público sobre os estudos realizados, assim como, fornecer informação e possíveis estratégias para dinamização do diagnóstico no futuro", destaca Débora.
Ela lembra que casos agudos e fulminantes já foram descritos em países como a Argentina. Um surto de outro genótipo do HEV, não associado à transmissão zoonótica, foi descrito no México e em Cuba além de países asiáticos. "Apesar de nenhum surto ter sido registrado no Brasil até o momento, é importante que as autoridades de saúde tenham conhecimento", declara. Cozinhar bem a carne antes do consumo e manter boas condições de saneamento básico e higiene são ações importantes para prevenir a doença. Segundo os pesquisadores, o estudo servirá como ponto de partida para pesquisas mais amplas.

Informações sobre a hepatite E
A hepatite E é causada pelo vírus E (um RNA-vírus) e sua transmissão é fecal-oral, ocorrendo por meio do consumo de água ou alimentos contaminados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também informa, em sua página na internet (em inglês), que existe a possibilidade de transmissão zoonótica do vírus, considerando que este vírus circula em granjas de suínos. De acordo com a OMS, o primeiro caso comprovado de epidemia de hepatite E foi relatado na década de 1980.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), apesar de as condições sanitárias serem deficientes em muitas regiões, não foi descrita nenhuma epidemia causada pelo vírus E no Brasil. Já na África, Ásia, México, e, recentemente, em Cuba, surtos foram registrados. Ainda de acordo com o MS, a hepatite E causa quadros graves principalmente em gestantes.
O pesquisador do IOC, Marcelo Alves Pinto, informa que geralmente a doença apresenta um quadro clínico semelhante ao da hepatite A. "De uma maneira geral, ela difere da hepatite B e da C por apresentar-se nas formas sub-clínica e aguda. Apesar de deixar o indivíduo incapacitado durante muito tempo, é uma doença autolimitada", completa.

| edit post

 http://www.diariodasaude.com.br/news/imgs/emocoes-executivos.jpg

Medo do risco
Quanto mais emoções negativas estiverem presentes nos traços emocionais de um grupo de executivos, mais conservadoras serão as decisões dessa diretoria, que tenderá a assumir menos riscos.
A conclusão é de um estudo que analisou apenas emoções sutis, de baixa intensidade - e não explosões emocionais - coordenada por Juan Bautista Delgado García, da Universidade de Burgos, na Espanha, e que acaba de ser publicado no British Journal of Management.

Emoções e riscos
O estudo baseou-se em questionários enviados para todos os diretores e presidentes de bancos e seguradoras da Espanha (70 bancos e 46 seguradoras).
A pesquisa, que teve a impressionante taxa de resposta de 48,3%, continha uma seleção de questões relacionadas com as características emocionais e as características demográficas dos executivos.
Para avaliar o nível de risco econômico assumido pelas empresas dirigidas por esses executivos, foram utilizadas várias medidas relacionadas ao risco geral, risco de crédito e carteiras de empréstimos (créditos comerciais, créditos com garantia real e leasing), obtidas a partir dos balanços anuais das instituições financeiras.

Traços emocionais
Os cientistas usaram uma metodologia para condensar as duas principais características emocionais - emoções positivas e emoções negativas - com base em uma escala largamente aceita no meio científico, chamada escala PANAS de traços emocionais negativos (como nervosismo ou irritação) e traços emocionais positivos (como interesse ou entusiasmo).
"É importante ressaltar que, embora não pareça, estes dois tipos de traços emocionais são duas dimensões distintas do caráter de qualquer pessoa. Um indivíduo pode ser muito emocional, nada emocional, ou ser muito emocional em traços positivos e não em negativos, e vice-versa," explica Delgado.

Emoções e nível educacional
Os resultados mostraram que, quanto mais fortes são os traços emocionais negativos dos executivos, maior é a proporção dos créditos com garantias reais que o banco tem e menores as concessões de empréstimos e leasing.
No caso dos créditos comerciais, não foi detectada nenhuma forma de influência das emoções.
O estudo também comparou a relação entre risco do negócio e experiência anterior no setor bancário, nível educacional, experiência do executivo na área de risco e sua participação acionária no próprio banco.
"O mais importante desses aspectos foi o nível educacional dos diretores. Em outras palavras, há diferença se o diretor tem uma licenciatura, um mestrado ou um doutorado. Quanto maior o nível educacional, maior é o nível de risco assumido pelo banco que ele dirige," conclui Delgado.

| edit post

Não jogue fora seus amuletos: superstição funciona mesmo

Postado por gb terça-feira, 20 de julho de 2010 0 comentários

http://www.diariodasaude.com.br/news/imgs/ferradura-da-sorte.jpg

Amuletos que funcionam
Não zombe dos pés de coelho e de outros amuletos da sorte que muitas pessoas costumam trazer consigo.
Uma nova pesquisa demonstrou que ter algum tipo de símbolo ou amuleto da sorte pode realmente melhorar o desempenho das pessoas - pelo mecanismo simples de aumentar a sua autoconfiança.

Superstição nos esportes
"Eu acompanho vários esportes, eu leio sobre esportes, e eu percebi que frequentemente os atletas - inclusive atletas famosos - têm superstições," diz Lysann Damisch, da Universidade de Cologne, na Alemanha.
Michael Jordan usava um calção da sua equipe da faculdade sob seu uniforme da NBA para dar sorte; Tiger Woods veste uma camisa vermelha nas partidas aos domingos, geralmente o último e mais importante dia do torneio.
"E eu ficava me perguntando, por que eles fazem isso?"

Amuleto da sorte
Com seus colegas Barbara Stoberock e Thomas Mussweiler, Damisch projetou um conjunto de experimentos para ver se a ativação das crenças supersticiosas das pessoas poderia melhorar seu desempenho em uma tarefa.
Em um dos experimentos, os voluntários foram orientados a levar um amuleto da sorte com eles. Em seguida, os pesquisadores levaram o amuleto embora com o argumento de que queriam tirar uma foto dele.
As pessoas levaram todos os tipos de itens, de antigos animais empalhados e anéis de casamento até pedras da sorte.
Metade dos voluntários recebeu seu amuleto de volta antes de iniciar o teste. Para a outra metade foi dito que havia um problema com a câmera e que eles iriam recebê-los de volta mais tarde.

Autoconfiança
Os voluntários que receberam seu amuleto da sorte antes do teste se saíram melhor em um jogo de memória no computador. Testes subsequentes mostraram que esta diferença de desempenho se devia ao seu sentimento de autoconfiança.
Eles também estabelecem metas mais elevadas para si mesmos. Apenas desejar boa sorte para alguém, como "Eu aperto o polegar para você" - a versão alemã de "Estou cruzando os dedos por você" - o desempenho dos voluntários melhorou em uma tarefa que exigia destreza manual.
É claro que mesmo Michael Jordan perdia jogos de basquete de vez em quando. "Isso não significa que você vai ganhar, porque, naturalmente, ganhar e perder é outra coisa," diz Damisch.

| edit post

 http://www.diariodasaude.com.br/news/imgs/brocolis.jpg

Brócolis contra o câncer
O brócolis tem mostrado efeitos protetores contra uma série de doenças, do câncer de mama até a asma.
Ele também atua inibindo o desenvolvimento do câncer de próstata, mas até agora os cientistas não sabiam como o vegetal agia no organismo para produzir esse efeito protetor.
Esse mecanismo acaba de ser decifrado por uma equipe internacional de cientistas, chefiada pelo Dr. Richard Mithen, do Instituto de Pesquisas Alimentares da Inglaterra. A descoberta foi publicada no último exemplar da revista Molecular Cancer.

Sulforafano
Os cientistas descobriram que o efeito benéfico do brócolis deve-se ao sulforafano, um composto químico presente no vegetal que interage com as células que não possuem um gene chamado PTEN, reduzindo as chances do desenvolvimento do câncer de próstata ou retardando seu desenvolvimento.
O grupo realizou uma série de experimentos com tecidos da próstata humana e com modelos animais do câncer de próstata para estudar as interações entre a expressão do gene PTEN e a atividade anticâncer do sulforafano.
"O PTEN é um gene supressor do tumor, e a sua deleção ou inativação pode iniciar a carcinogênese prostática, ou aumentar a probabilidade de progressão do câncer. Nós demonstramos aqui que o sulforafano tem efeitos diferentes dependendo se o gene PTEN está presente ou não," explica Mithen.

Competição celular
Os cientistas constataram que, em células que expressam o PTEN, a ingestão de sulforafano não tem nenhum efeito sobre o desenvolvimento do câncer de próstata.
Em células que não expressam o gene, no entanto, o sulforafano torna as células "menos competitivas", oferecendo uma explicação de nível molecular para como consumir brócolis pode reduzir o risco de incidência de câncer de próstata, ou de sua progressão, se ele já tiver-se instalado.

| edit post